tag:blogger.com,1999:blog-22152539936434547432024-02-07T09:21:11.719-03:00CUIQUEIROS_BlogPaulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.comBlogger166125tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-44608694641659342572022-02-28T16:19:00.001-03:002022-02-28T16:20:38.198-03:00Curso básico de cuíca [com Paulinho José]<p style="text-align: justify;">No segundo semestre de 2020, o <a href="https://www.facebook.com/consuladoportelasp" target="_blank">Consulado da Portela de São Paulo</a> convidou a <a href="https://www.facebook.com/confrariagambitodeouro" target="_blank">Confraria Gambito de Ouro</a>, na figura do presidente Paulinho José, a elaborar um curso básico de cuíca para disponibilizar gratuitamente em sua plataforma de cursos online. Agora, ficou ainda mais fácil acessar todo o material, já que foi recentemente publicado no canal do <a href="https://www.youtube.com/channel/UCtaqn8hHUHT_Y6juFSUUKFg" target="_blank">YouTube da CGO</a>, onde se vê a seguinte descrição do projeto:</p><p style="text-align: justify;"><i>Por ser a cuíca um instrumento com uma trajetória histórica extremamente fascinante e também apresentar uma complexidade técnica singular entre as percussões “populares”, o nosso ciclo básico será dividido em tópicos curtos que visam abranger esses aspectos de forma fluida e didática: <span style="text-align: left;">1 - </span>História; 2 - Anatomia; 3 - Primeiros sons; 4 - Primeiros ritmos. Com esses quatro tópicos fundamentais, desejamos demonstrar de forma simples e objetiva um pouco do nosso carinho por esse instrumento tão incrível que é a cuíca. Esperamos que esse curso básico possa ser simplesmente o início de uma longa relação de amor com a nossa querida “chorona”. Aguardamos a todos e todas. E como costumamos dizer nos encontros da Confraria Gambito de Ouro: PORQUE A CUÍCA NÃO PODE CALAR.</i></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Vídeo 1 – História</b> - O primeiro vídeo faz uma apresentação do curso e traz também uma breve abordagem histórica da cuíca e sua relação com a família dos tambores de fricção.</div><p style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/XdKJdgseACM" title="YouTube video player" width="530"></iframe></p><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: justify;"><b>Vídeo 2 – Anatomia</b> - A segunda aula apresenta os diversos componentes da estrutura física da cuíca, ressaltando a variedade de materiais com que são fabricados, dentre outros detalhes relevantes.</span></div><p style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/bYjXjKU7WE0" title="YouTube video player" width="530"></iframe></p><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Vídeo 3 – Primeiros sons</b> - O terceiro episódio traz orientações sobre o processo de afinação e fornece exercícios com o intuito de explorar os fundamentos básicos envolvidos na emissão sonora.</div><p style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/CHYhfXvByto" title="YouTube video player" width="530"></iframe></p><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Vídeo 4 – Primeiros ritmos</b> - O quarto e último vídeo apresenta exercícios elementares e úteis para aplicação tanto em rodas de samba, quanto para acompanhamento de samba-enredo.</div><p style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/DXS5GPKPz3Q" title="YouTube video player" width="530"></iframe></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Gravado de maneira informal e conduzido pela simpatia do apresentador, a íntegra desses quatro episódios consiste numa excelente porta de entrada para quem esteja começando a se aventurar no manejo da cuíca. Vale ressaltar também que os canais da CGO no YouTube, Facebook e Instagram reúnem outras vídeo-aulas com uma variedade ainda maior de assuntos cuiquísticos. Siga, curta, compartilhe. Bons estudos!!! </div><p><span style="color: #eeeeee;">.</span></p>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-39783356463161412982022-01-31T20:20:00.002-03:002022-01-31T20:21:59.444-03:00Pesquisa sobre cuiqueiros [por Marcello Portelense]<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: justify;">Há pouco mais de seis anos, noticiamos o lançamento da pesquisa <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2016/01/pesquisa-cuicas-em-desfile.html" target="_blank">CUÍCAS EM DESFILE</a>, coordenada pelo incansável <a href="https://www.facebook.com/marcello.portelense/?show_switched_toast=0&show_invite_to_follow=0&show_switched_tooltip=0&show_podcast_settings=0&show_community_transition=0&show_community_review_changes=0" target="_blank">Marcello Portelense</a>, estudioso do samba, principalmente de sua querida Portela, para a qual colabora com o site <a href="https://portelaweb.org/" target="_blank">Portela Web</a>, mantendo viva a memória da escola. Sua outra paixão, a cuíca, também segue firme entre os seus temas de pesquisa, e esta nova iniciativa visa complementar os dados colhidos em sua pesquisa anterior. Clique <a href="https://docs.google.com/forms/d/1t00t52NY4MdOjJkWFTaKgFvd6CF933ZqIzleqZT4OH8/viewform?edit_requested=true&fbclid=IwAR0McSH8kLK28knCXPNGmi3Mo94h0zdyB3aYcpZmU1MKrJPYkmezgLPFmOs" target="_blank">AQUI</a> ou na imagem abaixo para participar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2><a href="https://docs.google.com/forms/d/1t00t52NY4MdOjJkWFTaKgFvd6CF933ZqIzleqZT4OH8/viewform?edit_requested=true&fbclid=IwAR0McSH8kLK28knCXPNGmi3Mo94h0zdyB3aYcpZmU1MKrJPYkmezgLPFmOs" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1920" data-original-width="1920" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiy5QL8X_Ae03EMC2UUOgiDKnIhVHy8i9FNRGF2bUA_PoZMsBaTvjc9Hk2nrA9HJpTdQKJaBMxVOYMUkCGCar02LRvbhQJ-CBfc5hwX2T13g7Nhu6AR-XyUMIKW5NNTczHarBDlyHdzIdr1tmVZ0jSjgLFM5JtXbrs5vEmbKP8sbasLDX0LiCoVVw84=s320" width="320" /></a></h2></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não é necessário fornecer dados pessoais e as respostas não serão divulgadas com a identidade do autor. Os dados serão analisados e o resultado geral será levado a público quando a pesquisa atingir o número de 350 participante. O preenchimento do formulário não tomam mais do que dez minutos e as perguntas abrangem temas bastante interessantes e atuais. Mais uma admirável e necessária medida em prol da nossa estimada chorona. Participe!</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></div>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-2946594397646301862021-05-31T23:37:00.010-03:002021-06-02T09:13:17.613-03:00Papo de Cuíca - 1ª temporada de lives<p>*por <a href="https://www.instagram.com/sandrodacuica/" target="_blank">Sandro da Cuíca</a> e <a href="https://www.instagram.com/paulinhobicolor/" target="_blank">Paulinho Bicolor</a></p><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB02ocMqslgHVhSRogwYKSO4BFE51ayb_sZSI7hDOHLCOQw5F2qeq1rt8a6HXrixW8znRo5GeC0DMcsZsxmq5jzOA0-hARH9tweA92sWDCi4tUMs_LrVa_uVYYdg_H-rylN-eW00K6HZ0/s608/papo_de_cuica_logo.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="552" data-original-width="608" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB02ocMqslgHVhSRogwYKSO4BFE51ayb_sZSI7hDOHLCOQw5F2qeq1rt8a6HXrixW8znRo5GeC0DMcsZsxmq5jzOA0-hARH9tweA92sWDCi4tUMs_LrVa_uVYYdg_H-rylN-eW00K6HZ0/s320/papo_de_cuica_logo.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O projeto <a href="https://www.instagram.com/papodecuica/" target="_blank">Papo de Cuíca</a> surgiu da vontade de se criar um espaço para troca de ideias sobre esse instrumento que nos rende infinitos bate-papos. Essa vontade se formalizou, inicialmente, como um grupo de estudo no WhatsApp, reunindo cuiqueiros e cuiqueiras de várias regiões do Brasil e outras partes do mundo. Em seguida, inspirado nas lives promovidas por diversas iniciativas em 2020, relatadas na postagem <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2020/06/cuica-ao-vivo.html" target="_blank">Cuíca [AO VIVO]</a>, coube também ao <i>Papo</i> criar suas redes sociais e contribuir para a produção de conteúdo aberto realizando sua própria série de entrevistas (reunidas na <a href="https://www.youtube.com/watch?v=q7-kK-PccaM&list=PLjtSs1Jwdulc4P4DrC2eOgLavmNZUYPOY&index=1" target="_blank">playlist</a> abaixo).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/videoseries?list=PLjtSs1Jwdulc4P4DrC2eOgLavmNZUYPOY" title="YouTube video player" width="530"></iframe></p><p style="text-align: justify;">A interlocução do <i>Papo</i> ficou a cargo de <a href="https://www.instagram.com/johnnycuica/" target="_blank">Johnny Cuíca</a>, atual diretor no bloco <a href="https://www.instagram.com/camaleoesdovila/" target="_blank">Camaleões do Vila</a>, e o primeiro entrevistado foi <a href="https://www.instagram.com/oselmar_barreto/" target="_blank">Oselmar Neto</a>, diretamente de João Pessoa, que relatou sua impressionante relação com o instrumento e traçou um interessante panorama do carnaval na capital paraibana. Assista <a href="https://youtu.be/q7-kK-PccaM" target="_blank">AQUI</a></p><p style="text-align: justify;"><a href="https://www.instagram.com/guicuica/" target="_blank">Gui Reis</a> foi o segundo convidado. Exímio cuiqueiro, Gui falou de sua trajetória em baterias e rodas de samba de São Paulo, bem como em shows e gravações dentro e fora do samba, pontuando também assuntos variados, como o microfone específico para cuíca que desenvolveu junto à empresa <a href="https://www.instagram.com/microfones_tec7_oficial/" target="_blank">TEC7</a>. Assista: <a href="https://youtu.be/AO6SuQiRPX0" target="_blank">PARTE 1</a> - <a href="https://youtu.be/px3CSyJIc7g" target="_blank">PARTE 2</a></p><p style="text-align: justify;">O terceiro convidado foi o cuiqueiro e luthier <a href="https://www.instagram.com/valdeirbarretto/" target="_blank">Valdeir Barreto</a>, que desfilou todo o seu conhecimento sobre questões diversas, sobretudo a respeito da arte de fabricação, manutenção e reforma do instrumento, com destaque para a sua famosa cuíca vazada. Assista: <a href="https://youtu.be/ZqaRk3-vZns" target="_blank">PARTE 1</a> | <a href="https://youtu.be/nuAphNNXfWE" target="_blank">PARTE 2</a></p><p style="text-align: justify;">Na quarta live, <a href="https://www.instagram.com/bezerra.mic/" target="_blank">Iracema Bezerra</a>, primeira mulher a coordenar um naipe de cuíca em Fortaleza, função que atualmente desempenha no bloco <a href="https://www.instagram.com/unidosdacachorra/" target="_blank">Unidos da Cachorra</a>, representou toda a ala cada vez mais numerosa de cuiqueiras em todo o mundo. <a href="https://youtu.be/DhjRagzaKJw" target="_blank">PARTE 1</a> | <a href="https://youtu.be/ZWrAwmcGrF0" target="_blank">PARTE 2</a></p><p style="text-align: justify;">Diferente das entrevistas anteriores, a <a href="https://youtu.be/d29bHEFQMbo" target="_blank">quinta live</a> contou com quatro participações: o prata da casa <a href="https://www.facebook.com/sandro.freitas.9/?show_switched_toast=0" target="_blank">Sandro da Cuíca</a>, seguido por dois representantes do Rio de Janeiro, <a href="https://www.facebook.com/aosxango?show_switched_toast=0" target="_blank">Alfredo Oliveira</a> e <a href="https://www.instagram.com/drkuika/" target="_blank">Dr. Kuika</a>, que prestou um depoimento épico, fechando com <a href="https://www.instagram.com/ricardodacuica.50/" target="_blank">Ricardo Araújo</a> como representante das cuícas do Sul. Assista <a href="https://youtu.be/d29bHEFQMbo" target="_blank">AQUI</a></p><p style="text-align: justify;">Por fim, houve ainda uma sexta live com <a href="https://www.instagram.com/gambitodeouro/" target="_blank">Paulinho José</a>, atual diretor na <a href="https://www.instagram.com/unidosdebanguoficial/" target="_blank">Unidos de Bangu</a>, grande fonte de inspiração para o <i>Papo de Cuíca</i> e importante referência a vários outros projetos por toda sua atuação à frente da <a href="https://www.youtube.com/user/Paulinhujuse/videos" target="_blank">Confraria Gambito de Ouro</a>. Assista <a href="https://youtu.be/_JClxPJGd7E" target="_blank">AQUI</a></p><div style="text-align: justify;">Terminada essa primeira rodada, o <i>Papo</i> já conta com sua própria <a href="https://www.instagram.com/p/CPEsJRvnLYZ/" target="_blank">linha de produtos</a> e inclusive já programa a próxima temporada de entrevistas. Podem aguardar, pois o que não falta para a cuíca é gente bacana para bater um bom papo.</div><div style="text-align: center;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></div>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-87732464262757289002021-04-28T11:52:00.005-03:002021-04-30T00:06:55.682-03:00Mago da cuíca realiza o sonho do primeiro disco solo aos 70 anos<h4 style="text-align: justify;">Velho conhecido da noite carioca e de shows de música brasileira no exterior, Índio mostra a cara, a técnica e as composições em ‘Malandro 5 estrelas’</h4><div style="text-align: right;">por <span style="text-align: left;"><a href="https://oglobo.globo.com/cultura/mago-da-cuica-realiza-sonho-do-primeiro-disco-solo-aos-70-anos-24990756" target="_blank">Silvio Essinger</a></span></div><div style="text-align: right;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvokHJf8vFKkacvmOl4u6OTmgaJxf-e0TWek5SHRAgPOrlTtzAM5vD1hUaE6eIggzcVAyg0MGKhrOa1Ayet_m_aRCZBMfdD8g4lfupI3TbRswk_SnNeEFtAfFtoMDtZuziylXoU-z-Lk/s1086/indio-da-cuica-globo-1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="O multi-instrumentista Índio da Cuíca Foto: Alfredo Alves / Divulgação" border="0" data-original-height="652" data-original-width="1086" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvokHJf8vFKkacvmOl4u6OTmgaJxf-e0TWek5SHRAgPOrlTtzAM5vD1hUaE6eIggzcVAyg0MGKhrOa1Ayet_m_aRCZBMfdD8g4lfupI3TbRswk_SnNeEFtAfFtoMDtZuziylXoU-z-Lk/w400-h240/indio-da-cuica-globo-1.jpg" title="O multi-instrumentista Índio da Cuíca Foto: Alfredo Alves / Divulgação" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">O multi-instrumentista Índio da Cuíca </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Foto: Alfredo Alves / Divulgação</div></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">RIO - Saltos, coreografias, malabarismos com o pandeiro e peripécias com a cuíca fizeram deste carioca uma sensação na noite dos anos 1970, em casas como o Sambão & Sinhá (restaurante em Copacabana do cantor Ivon Curi) e, depois, em shows de música brasileira que correram 23 países. Mas nem isso ou a glória de ter aparecido na TV, de ter tocado no Canecão e no Olympia de Paris e de ter dividido a cena com Roberto Carlos deram a Índio da Cuíca a chance de realizar o sonho do disco solo. Algo que acontece somente no próximo dia 5 — seu aniversário de 70 anos —, com o lançamento em plataformas de streaming de “Malandro 5 estrelas”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/WRmrJmgEmsI" title="YouTube video player" width="530"></iframe></div><p style="text-align: justify;">Mais do que um veículo para a sua impressionante técnica na cuíca — literalmente, Índio faz o instrumento cantar —, o álbum editado pelo QTV, selo carioca de música experimental, traz um punhado das singulares composições do músico, entre sambas (“A cuíca chora”, “Cuíca malandra/cuíca encantada”, “Sonho realizado”), cânticos afro (“Medley de Ogum”), calango (“Stribinaite camufraite oraite”), bolero (“Shirley”) e até funk (“Baile do bambu”). Enfim, chegou a vez de a sua visão musical, de seu canto e de seus instrumentos (além da percussão, ele também toca violão) serem registrados em um disco com seu nome estampado na capa.</p><p style="text-align: justify;">— Índio é o nome que eu tenho mais afinidade — esclarece o artista (que nasceu no Morro dos Afonsos, na Tijuca) sobre a alcunha que ganhou, por causa do cabelo liso de adolescente. — Eu nem nasci no hospital, foi debaixo de uns bambuzais. Minha mãe estava subindo o morro e não aguentou chegar em casa. Meu pai teve que descer com um lençol branco.</p><p style="text-align: justify;">Seu Manoel, o pai de Índio, tocava cavaquinho, cantava e compunha para a Unidos da Tijuca, além de participar de muitas serestas. Foi por suas mãos que o filho desfilou pela primeira vez no carnaval, no Império da Tijuca, aos 12 anos, como pandeirista — com direito a prêmio.</p><p style="text-align: justify;">— Mas a escola não me deu o troféu, porque tinha que ter tido permissão do juizado de menores para eu sair na escola. Aí eu nunca mais quis sair em escola de samba, e não saí até hoje. Vi que aquele não era o mundo... meu mundo é palco — conta Índio, que aos 17 já estava tocando na noite e logo depois foi parar na TV Globo, no lugar do amigo Neném da Cuíca, que não pôde cumprir uma data. — Peguei a cuíca e comecei a solar “Brasileirinho”, “Cidade Maravilhosa”... Quando vi, era um destaque. Comecei a sambar com a cuíca, a fazer um monte de coisa.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPL-Ao00pMRCSl-wkAcfjbpTFcvwSl8fYj0DtFg3mh4SlnHqjHszo90QeWOQs3tpR7U7OLVVW4xYaQTGKv-81eM_BQ3PFZhuZ6bkvdOBV7pyAXHbNPAj3N8rfWuxzMs8hqs6cA8uUNYjY/s1086/brasil-ritmo-materia-indio.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="652" data-original-width="1086" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPL-Ao00pMRCSl-wkAcfjbpTFcvwSl8fYj0DtFg3mh4SlnHqjHszo90QeWOQs3tpR7U7OLVVW4xYaQTGKv-81eM_BQ3PFZhuZ6bkvdOBV7pyAXHbNPAj3N8rfWuxzMs8hqs6cA8uUNYjY/w400-h240/brasil-ritmo-materia-indio.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Índio da Cuíca (à esq.) com o grupo Brasil Ritmo, em 1972 <br />Foto: José Santos / Agência O Globo</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Os trabalhos, a partir daí, foram muitos. Índio participou de programas como “Globo de Ouro” e “Brasil Especial”, e gravou em 1972 pela Som Livre um disco com o Brasil Ritmo, grupo que tinha com Neném. Viajou a bordo dos espetáculos de Ivon Curi e Jair Rodrigues, figurou em shows de Roberto Carlos e Alcione e correu o mundo em companhias artísticas lideradas por Joãosinho Trinta e por Haroldo Costa. Por três anos e meio, viveu na Suíça, e aí voltou para o Rio para se casar com sua paixão, Shirley, com quem está junto há 35 anos.</p><p style="text-align: justify;">— A lembrança que eu tenho é a de um cara talentoso que tirava os sons menos convencionais de uma cuíca — diz o pesquisador Haroldo Costa, que esteve com Índio em uma turnê que passou por Costa Rica, Honduras e Nicarágua entre abril e maio de 1987.</p><h4 style="text-align: justify;">Entre tintas</h4><p style="text-align: justify;">A história de “Malandro 5 estrelas” começou em 2005, quando o percussionista Paulinho Bicolor tomou conhecimento de Índio num espetáculo da Orquestra de Solistas na Sala Cecilia Meireles. Cinco anos depois, já como pesquisador à frente do blog Cuiqueiros, ele o encontrou por acaso na estação de trem de Cordovil. E marcou uma primeira entrevista, na qual o mestre da cuíca revelou o sonho de gravar um disco. Nos últimos anos, foi Paulinho quem cuidou de produzir esse disco, ao lado de Bernardo Oliveira, do QTV. Enquanto isso, vendo o trabalho com música minguar, Índio foi em busca do sustento como pintor de paredes — ofício aprendido no ano que passou nos EUA.</p><p style="text-align: justify;">Para Paulinho Bicolor, mais do que a afeição pelo mestre foi a dívida da cultura brasileira com Índio da Cuíca que o moveu na realização de “Malandro 5 estrelas”:</p><p style="text-align: justify;">— Ele leva a cuíca para outro lugar, como um instrumento melódico, solista à máxima potência. Índio dedilha a cuíca, toca como se houvesse teclas na pele da cuíca. E ela não é para isso. Ele explora esse paradoxo.</p><h4 style="text-align: justify;"><span style="text-align: right;">Matéria de </span><span style="text-align: left;"><a href="https://www.facebook.com/silvio.essinger" target="_blank">Silvio Essinger</a> para o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/cultura/mago-da-cuica-realiza-sonho-do-primeiro-disco-solo-aos-70-anos-24990756" target="_blank">O Globo</a> </span>publicada em 28 de abril de 2021. </h4><p style="text-align: center;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></p>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-50293219167096307162021-03-31T09:14:00.000-03:002021-03-31T09:14:07.965-03:00Vídeo 25 - Exposição "Zeca: 60 anos de cuíca"<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Há exatamente dez anos, em 31 de março de 2011, dava-se por encerrada a exposição </span><a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2011/01/exposicao-zeca-60-anos-de-cuica.html" style="font-family: inherit;" target="_blank">Zeca - 60 anos de cuíca</a><span style="font-family: inherit;">, uma bela e justa homenagem promovida pelo departamento cultural da Comlurb </span>a um de seus funcionários mais ilustres: <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2014/06/homenagem-zeca-da-cuica-por-seus-80-anos.html" target="_blank">Zeca da Cuíca</a>. O vídeo a seguir reúne fotografias expostas na ocasião e registra algumas cenas do dia de abertura da exposição, que iniciava com o texto redigido mais abaixo, intitulado "Um Senhor Zeca", grifado na entrada da galeria.</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/XygX3vzbYTg" title="YouTube video player" width="530"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Hoje ouvi o Zeca. Não um Zeca qualquer, mas o Senhor Zeca. Zeca que extrai do instrumento simples a beleza mais pura de um choro sentido, doído, uma lágrima sonora. Zeca que acompanhando um chorinho de Pixinguinha consegue transcender a sonoridade esperada da cuíca em suspiros harmônicos a um só tempo suaves e firmes. Ouvi o Zeca, a cuíca do Zeca, o Zeca da Cuíca. A integração homem-instrumento é perfeita. Zeca e cuíca vibram na mesma intensidade, com a mesma frequência que nos é impossível distinguir onde está o Zeca, onde fica a cuíca. Ambos, Zeca e cuíca, se fundem num ser vivo, dotado de extrema sensibilidade, harmonia, ritmo, pura sonoridade. Sua figura negra, esguia e seu sorriso lembram-me a nobreza em toda sua extensão da simplicidade que apenas os mais nobres possuem. É uma bela imagem negra de chapéu preto, conjunto jeans, tamancos pretos e a divina cuíca a tiracolo. Zeca é música, ritmo que paira e nos envolve com beleza, paz, ternura. Zeca da cuíca ou a cuíca do Zeca toca-nos o fundo da alma e transporta-nos ao espaço além da dimensão cotidiana. Leva-nos ao infinito. Transporta-nos aos mais belos recantos do não sei onde da imaginação. Viva Zeca, o da cuíca, deus negro da música, do ritmo, da harmonia. Saúdo-te e me rendo à tua arte, bom Zeca da Cuíca.</i></div><p style="text-align: right;"><i>Carlos Alberto Marques de Sá Freire</i></p><div style="text-align: center;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></div>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-88391930791878577012021-02-28T13:54:00.005-03:002022-04-22T19:45:09.074-03:00Carnaval sem carnaval<div style="text-align: justify;">*por <a href="https://www.facebook.com/lineker.oliveira.372" target="_blank">Lineker Oliveira</a> e <a href="https://www.facebook.com/paulinho.bicolor/" target="_blank">Paulinho Bicolor</a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">A capa do jornal Gazeta de Notícias do dia 02 de março de 1919 celebrou o triunfo do carnaval carioca daquele ano, quando a cidade finalmente havia superado a pandemia da <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe_espanhola" target="_blank">gripe espanhola</a>. Mais de cem anos depois, pela primeira vez na história, o carnaval teve de ser cancelado em todo o Brasil por decorrência de uma nova pandemia que atravessou 2020 e avança em 2021 ainda fora de controle.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUOWs7Hd9TpvxNi0ArfeHIUDRN9S-lOGouIWiUYrv0B_-ielIX7lheK48RwrzzRWIc_AKUhxJgfJLGbRnfrjH6HaB0PRCMpzususlphb0sCeKRAU1GP_0o-c3GSJBtQ6_0R4BIr9s6Xb8/s768/Carnaval+Triumphante.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="463" data-original-width="768" height="367" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUOWs7Hd9TpvxNi0ArfeHIUDRN9S-lOGouIWiUYrv0B_-ielIX7lheK48RwrzzRWIc_AKUhxJgfJLGbRnfrjH6HaB0PRCMpzususlphb0sCeKRAU1GP_0o-c3GSJBtQ6_0R4BIr9s6Xb8/w510-h367/Carnaval+Triumphante.jpg" width="510" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gazeta de Notícias - 02 de março de 1919</td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">Carnaval é sinônimo de aglomeração nas ruas e arquibancadas, e aglomerar é um fundamento básico para o bom desempenho de uma escola de samba. O quesito "evolução" avalia justamente a compactação dos componentes e alas durante a progressão dos desfiles, exatamente o contrário do distanciamento social que, infelizmente, ainda se faz necessário.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">Descartada a possibilidade de realização dos desfiles inclusive em meados deste ano, como se chegou a cogitar, resta-nos torcer para que o novo triunfo finalmente chegue em 2022. Para a atual campeã carioca <a href="https://unidosdoviradouro.com.br/enredo/" target="_blank">Unidos do Viradouro</a>, no quesito perspicácia, o bicampeonato já está garantido. A escola levará para a avenida o enredo "Não há tristeza que possa suportar tanta alegria", fazendo um paralelo entre a folia de 1919 e o desejado triunfo do próximo carnaval.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div><p></p><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Yd6uIYzDmso?start=133" width="530"></iframe></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">Torcemos pela realização dos campeonatos regionais entre as agremiações e certamente todos irão torcer para que sua escola do coração obtenha sucesso nas disputas. Entretanto, independente do enredo de cada escola e da sinopse de cada samba, todos os desfiles terão nas entrelinhas a celebração da vida e, enfim, todos seremos campeões. Será de fato o triunfo da alegria sobre a tristeza, a vitória dos reencontros e o preenchimento de um vazio retratado nos versos reproduzidos abaixo, do poeta <a href="https://www.facebook.com/eurides.mangilli" target="_blank">Ari Mangilli</a>, e nos depoimentos reunidos no vídeo a seguir, de cuiqueiros e cuiqueiras que gentilmente expressaram seus sentimentos sobre este inimaginável carnaval sem carnaval.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="clear: both;"><b><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">SILÊNCIO NO CARNAVAL SEM CARNAVAL</span></b></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">(Ari Mangilli)</span></div><div class="separator" style="clear: both;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both;"><i><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">Silêncio na passarela iluminada só pela luz da lua, o Carnaval se calou, emudeceu, perdeu o brilho, adormeceu num sono profundo, tudo ficou empoeirado, a cuíca já não chora mais, mas também não sorri, está triste e dolorida, sentida, todos os enredos ficaram com o mesmo tema "Esperança" quem diria que um dia o silêncio seria o ritmo do carnaval, a batucada virou a fé, as fantasias coloridas e reluzentes viraram um pedaço de tecido que mudou a nossa voz, quem diria que a história linda do samba ficaria sem um episódio e em farrapos e com páginas em branco, o samba perdeu a melodia, perdeu a magia, a batucada ficou muda, os sambistas presos e acuados dentro de um quarto escuro, com as baquetas nas mãos sem ter onde bater, as ruas vazias com a dama da noite exalando seu perfume, mas triste sem ter os personagens da noite pra sentir seu perfume, a noite não é mais a mesma, o sereno chora as noites vazias e o orvalho cai triste e não molha mais a relva, as estrelas clamam aos Deuses que tudo volte ao normal, precisamos do samba que é nossa essência a nossa raiz, precisamos do batuque, precisamos da alegria, viver no Carnaval sem Carnaval não dá, viver no Carnaval sem a batucada, sem as cabrochas, sem os sambistas e sem receber que seja uma única nota 10 não dá pra viver surdo e mudo e sem rabiscar o asfalto com meu sapato branco e sem entoar o canto para os quatro cantos e poder gritar é Carnaval, não dá.</span></i></div><div><br /></div></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/6dHO7MbT8VU" width="530"></iframe></div></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></div>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-62763238967039006002021-01-29T19:16:00.004-03:002022-01-31T17:27:03.790-03:00A cuíca do Laurindo [VERSÃO INTEGRAL]<div style="text-align: justify;">Há aproximadamente cinco anos atrás, este humilde espaço cuiquístico orgulhosamente anunciava a estreia do espetáculo musical <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2016/03/a-cuica-do-laurindo.html" target="_blank">A cuíca do Laurindo</a>, que encantou a platéia carioca por longa e saudosa temporada. Eis que agora, por vias digitais, a peça volta a entrar em cena sem previsão de sair do cartaz, podendo ser apreciada por muito mais gente graças à iniciativa da produtora <a href="https://www.facebook.com/MarraioCultural/" target="_blank">Marraio Cultural</a> ao publicar uma gravação integral do espetáculo. </div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/XWC_YTC_0rg" width="530"></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Criado por Noel Rosa, o personagem carioca Laurindo apareceu pela primeira vez na letra do samba Triste Cuíca, de 1935. Nos anos seguintes, craques como Herivelto Martins, Wilson Baptista, Zé da Zilda, Haroldo Lobo e Heitor dos Prazeres abordaram o personagem em outros sambas, acrescentando novos capítulos à trajetória do cuiqueiros do morro da Mangueira.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Com idealização e dramaturgia do escritor, ator e músico Rodrigo Alzuguir, direção de Sidnei Cruz e direção musical de Luis Barcelos, a peça retrata o Rio de Janeiro dos anos 1940 e tem como pano de fundo o cotidiano da fictícia Lira do Amor, pequena escola de samba do morro da Mangueira criada por Alzuguir. </i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Durante a extensa pesquisa que resultaria na premiada biografia Wilson Baptista – O samba foi sua glória (Casa da Palavra, 2013), Alzuguir se deparou com um personagem recorrente em várias composições de Wilson Baptista: Laurindo. “Percebi que esse Laurindo era o mesmo de Triste cuíca e que outros compositores, como Herivelto Martins, também fizeram sambas sobre o personagem. Compor músicas contando histórias de Laurindo virou uma brincadeira para um grupo de sambistas daquela geração dos anos 40”, destaca o autor.</i></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>Formado por atores e cantores, o elenco traz Alexandre Rosa Moreno como Laurindo, além de Vilma Melo (Zizica), Claudia Ventura (Conceição), o próprio Rodrigo Alzuguir (Zé da Conceição), Hugo Germano (Tião), Nina Wirtti (Guiomar) e o cantor e compositor Marcos Sacramento, destaque no papel de Dodô, braço-direito de Laurindo, citado em Desperta, Dodô, samba de Herivelto Martins. Os sete personagens foram extraídos do anedotário e de letras de samba do período. Acompanhados de cinco músicos, o elenco canta e interpreta ao vivo cerca de 40 canções de autores como Herivelto Martins, Wilson Baptista e Noel Rosa, entre outros – encadeadas e tratadas musicalmente de forma a ressaltar o caráter narrativo dessas músicas como condutoras da ação dramática, e não meramente ilustrativas.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>Ao mesclar realidade e ficção para contar a história do cuiqueiro, o autor resgata uma fase importante da cultura carioca: os seminais anos 1930 e 40, quando surgiram as primeiras escolas de samba, derivadas dos antigos blocos, e os desfiles que aconteciam na Praça Onze. Inseridas na dramaturgia, as músicas traçam a trajetória de Laurindo, de líder da escola de samba Lira do Amor de Mangueira, passando pelo triângulo amoroso com Zizica e Conceição e a luta contra os nazistas, até a sua volta ao morro como herói de guerra. </i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>Além dos sambas que narram as aventuras do Cabo Laurindo – como Triste cuíca (Noel Rosa), Laurindo (Herivelto Martins) e Comício em Mangueira (Wilson Baptista e Germano Augusto) – estão presentes composições do mesmo período que dialogam com a trajetória do personagem – a exemplo de Praça Onze (Vão acabar com a Praça Onze/Não vai haver mais escola de samba, não vai...) e Ave Maria no morro (Barracão de zinco/ Sem telhado, sem pintura/ Lá no morro/ Barracão é bangalô).</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>Criado por José Dias, o cenário da peça retrata a Curva do Calombo – localizada no morro da Mangueira dos anos 1940 – inventada por Alzuguir. Dividido em dois níveis, o ambiente revela o clima boêmio da favela carioca. No centro, a “Birosca do Claudionor”, ocupada pelos músicos acompanhantes. No segundo nível, a casa de Laurindo e Zizica e a sede da escola de samba Lira do Amor de Mangueira.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>Na direção cênica, Sidnei Cruz procurou estabelecer “uma heterogeneidade de tratamentos narrativos”. “O espetáculo movimenta-se por desvios ao redor de certas tradições, como revista, chanchada, melodrama, roda, burleta, folguedo, opereta, cabaré, rádio e teatro de sombra. Assim é nosso teatro de samba”, explica o diretor.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>Se Noel Rosa apresenta Laurindo como famoso cuiqueiro do morro da Mangueira – com direito a um misterioso triângulo amoroso entre ele e as cabrochas Zizica e Conceição –, Herivelto Martins faz do personagem um apaixonado líder de escola de samba, no tempo em que o desfile acontecia na lendária Praça Onze, desaparecida com a abertura da avenida Presidente Vargas.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>Já Wilson Baptista, irreverente, envia Laurindo para lutar na Segunda Guerra Mundial, de onde volta coberto de glória/trazendo garboso no peito a cruz da vitória. Depois de muitas idas e vindas, Laurindo é encontrado morto em Sem cuíca não há samba, em que se lamenta o estado do corpo só reconhecível pela medalha de ouro de São Jorge no peito. Mas será que era mesmo o famoso cuiqueiro?</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><br /></i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>O mérito de Alzuguir foi criar uma trama divertida e sofisticada ao redor desses sambas – num entrelaçamento tão preciso que essa coleção de músicas parece ter sido composta sob medida para o texto, escrito mais de setenta anos depois. “A riqueza de detalhes, a criatividade e a pesquisa preciosa de Rodrigo são trunfos do espetáculo”, destaca o cantor Marcos Sacramento.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Fonte: <a href="https://cineplaneta.blogspot.com/2016/03/a-cuica-do-laurindo-estreia-no-ccbb-no.html" target="_blank">Cine Planeta</a></div></div></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></div></div>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-36040511928881628252020-12-31T00:00:00.020-03:002021-01-01T13:13:40.850-03:00Cuíca [AO VIVO]<div style="text-align: justify;">Definitivamente, 2020 deixa um marco na história da humanidade. Descontando toda a tristeza desse ano (quem dera isso fosse possível), ficaríamos com algum saldo positivo, a exemplo da consolidação das lives como uma via para atuação profissional e para o entretenimento. Nesse contexto, claro, a cuíca não ficou de fora.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao que tudo indica, a primeira live cuiquística foi realizada pelo <a href="https://www.facebook.com/EspacoBatuqueDigital" target="_blank">Espaço Batuque Digital</a>, no dia 1º de abril, tendo como convidado o jovem veterano <a href="https://www.facebook.com/janderson.roberto.9" target="_blank">Jota da Cuíca</a>. Na época, como ainda não havia a possibilidade de manter as lives salvas no Instagram, lamentavelmente, perdemos essa gravação. Mas vale o crédito à título de registro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2cS1t0SR1YEJ2txkzAi0JXwunJfALdPr_K5COkFgzapG9ui3bCyQkiHfewNeHcTslCu-nD4zX2KpMxUpWIAheS5gMITTslrKTpdcJK_l3fIBQdn5U0c5q9gm-aGScux7bvZXrmRQfTRE/s1080/div_live_janderson.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Divulgação do Espaço Batuque Digital - Live com Jota da Cuíca" border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2cS1t0SR1YEJ2txkzAi0JXwunJfALdPr_K5COkFgzapG9ui3bCyQkiHfewNeHcTslCu-nD4zX2KpMxUpWIAheS5gMITTslrKTpdcJK_l3fIBQdn5U0c5q9gm-aGScux7bvZXrmRQfTRE/w400-h400/div_live_janderson.jpg" title="Divulgação do Espaço Batuque Digital - Live com Jota da Cuíca" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Divulgação do Espaço Batuque Digital - Live com Jota da Cuíca</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Na sequência, em comemoração ao <a href="https://nilsonmartelo.wordpress.com/2013/05/15/dia-21-de-abril-dia-da-cuica-no-municipio-do-rio/" target="_blank">Dia da Cuíca</a> (21 de abril), a <a href="https://www.facebook.com/confrariagambitodeouro" target="_blank">Confraria Gambito de Ouro</a> promoveu a <a href="https://www.instagram.com/p/B_Lg4T7p-o6/?utm_source=ig_web_copy_link" target="_blank">Semana da Cuíca CGO</a>, que se desdobrou até setembro, contabilizando o total de 25 episódios - <a href="https://www.youtube.com/watch?v=QVQXjKGBEgg&list=PL-ybVknScb2KWAiaIzxYaFteBnk8b6f0h" target="_blank">reunidos nessa playlist</a>. De toda a serie, vale destacar a entrevista com <a href="https://www.facebook.com/indiocuica" target="_blank">Índio da Cuíca</a>, como sempre, dando um show a parte.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QVQXjKGBEgg" width="530"></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A<span style="text-align: left;">proveitando o embalo, </span><span style="text-align: left;"><a href="https://www.facebook.com/paulinho.jose.16" style="text-align: justify;" target="_blank">Paulinho José</a>, presidente da CGO, realizou também <a href="https://www.youtube.com/watch?v=voiFnWbr28I&list=PL-ybVknScb2JqyYoDDWTH-zV7dFuBNsv1" target="_blank">lives pedagógicas</a></span>;<span style="text-align: left;"> participou de um bom papo com mestre Léo Capoeira, da bateria</span> <a href="https://www.instagram.com/tv/CBMbBJJndAo/" target="_blank">Caldeirão da Zona Oeste</a>; e foi ainda um dos convidados de <a href="https://www.instagram.com/p/CDKuRzEnZrU/" target="_blank">Cota Pagodeiro</a> em dobradinha com <a href="https://www.instagram.com/p/CDKxhplnzjJ/" target="_blank">Sandro da Cuíca</a>. Além deles, Cota também entrevistou <a href="https://www.instagram.com/p/CDKm6Aynz7i/" target="_blank">Ricardo Santana</a>, o uruguaio <a href="https://www.instagram.com/p/CD-G1ERFkZD/" target="_blank">Carlinhos</a>, e o coletivo <a href="https://www.instagram.com/mulheresdacuica/" target="_blank">Mulheres da Cuíca</a>, que também promoveu sua própria <a href="https://www.youtube.com/watch?v=4Ig67JGi2aU&list=PL-ybVknScb2J2j5aAGeaFYdK1JFHeRLJ2" target="_blank">serie de lives</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>
<div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/LEFSvNPPiHA" width="530"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">A cuíca também ganhou destaque nas lives do coletivo <a href="https://www.facebook.com/mulheresnoritmo" target="_blank">Mulheres no Ritmo</a>, cabendo nossa representação à <a href="https://youtu.be/ufo9KtwDpYg" target="_blank">Van Van Alves</a>. Já o coletivo <a href="https://www.instagram.com/sociedad_del_gambito/" target="_blank">Sociedad del Gambito</a> realizou uma serie de entrevistas com nossos hermanos cuiqueiros da Argentina, ao passo que o canal <a href="https://youtu.be/w7Wcj8qIM9w" target="_blank">Batuka Floripa</a> promoveu um bate-papo entre diretores de cuíca de alguns blocos e escolas de samba da ilha catarinense. De forma semelhante, a <a href="https://www.facebook.com/BateriaPuroSentimento/videos/981305902320921" target="_blank">Bateria Puro Sentimento</a>, de Manaus, expandiu o debate para a região Norte, e o canal <a href="https://www.youtube.com/c/RitmistaBrasil/videos" target="_blank">Ritmista Brasil</a> reuniu uma trinca de ouro da cena paulistana, incluindo nosso mestre Osvaldinho da Cuíca.</div>
<div style="text-align: center;"><br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/G0azLg2aw_U" width="530"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;"><div>Como parte do Festival Som dos Tambores, <a href="https://youtu.be/94yRNM3wFQ4?list=PL-ybVknScb2KWAiaIzxYaFteBnk8b6f0h" target="_blank">Fabiano Salek</a> também seguiu a linha pedagógica, enquanto <a href="https://youtu.be/iG4VVGqtwfQ" target="_blank">Marquinhos Cuíca Frenética</a> liderou seu bom pagode e <a href="https://youtu.be/6a7Pkl7rFMo" target="_blank">Ronaldinho da Cuíca</a> deu o tom de sua garbosidade. Finalmente, J. Muniz Jr., o Marechal do Samba da baixada santista, foi convidado para a estreia do projeto <a href="https://www.facebook.com/cuicaonline" target="_blank">Cuíca Online</a>, encerrando a temporada 2020 de transmissões ao vivo. No ano que vem tem mais, caros "livespectadores". Força e saúde plena!!!</div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe width="530" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/c3TPJFm9S-s" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe></div></div></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></div>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-91821074163580073112020-11-22T00:28:00.053-03:002020-11-22T11:07:59.170-03:00Dez anos sem Ovídio Brito<div style="text-align: justify;">O dia de hoje marca exatamente dez anos que perdemos nosso mestre Ovídio Brito. Discípulo de cuiqueiros célebres como <a href="https://youtu.be/sdP__2Fnsms" target="_blank">Germano</a>, da Mocidade Independente, e <a href="https://youtu.be/iqNgNd920qY" target="_blank">Mestre Marçal</a>, certamente sua maior referência, Ovídio se notabilizou como um dos principais cuiqueiros da história e um dos maiores sambistas do seu tempo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO8ht7Qc7PtvwVG45K_rSOR4DxeUILbNGW8kKtvEwnR7QfWDxNEEfWemPhz4X0PsfXXl2RRvJtj8p6Mnzd66BHJLg4nAu8MjXC-UPv1-TiJ3Ms_kY9Rp1W3HyEERGcQ09nT2-LEWiUgjg/s300/ovidio_brito_cuica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO8ht7Qc7PtvwVG45K_rSOR4DxeUILbNGW8kKtvEwnR7QfWDxNEEfWemPhz4X0PsfXXl2RRvJtj8p6Mnzd66BHJLg4nAu8MjXC-UPv1-TiJ3Ms_kY9Rp1W3HyEERGcQ09nT2-LEWiUgjg/s0/ovidio_brito_cuica.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas o que faz um cuiqueiro entrar para a história? E o que mede a grandeza de um sambista? No caso de Ovídio, as respostas parecem estar no diálogo abaixo, entre <a href="https://www.instagram.com/marcelinhomoreira_/" target="_blank">Marcelinho Moreira</a> e <a href="https://www.instagram.com/jorgequininho/" target="_blank">Jorge Quininho</a>. É interessante notar como eles se referem a Ovídio e à cuíca como entidades que se confundem num corpo só. Quininho é explícito ao dizer que Ovídio tinha de fato a cuíca como parte do seu corpo e Marcelinho sugere que as palavras "cuíca" e "Ovídio" são como sinônimos para ele.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/_07GZue02EQ" width="530"></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A reverência a Ovídio demonstrada nessa conversa representa o pensamento que todos que o conheceram de perto compartilham com unanimidade: que Ovídio foi um gênio por sua sensibilidade musical, e um anjo pela passagem inspiradora na terra. E como se vê, este pensamento vem sendo transmitido para as futuras gerações, aí representadas por <a href="https://www.instagram.com/joao_moreiira/" target="_blank">João Moreira</a>, filho de Marcelinho, e <a href="https://www.instagram.com/pedrinhodaserrinha/" target="_blank">Pedrinho da Serrinha</a>, filho de Quininho, garantindo que Ovídio será sempre lembrado como um membro da fina flor do samba.</div><p style="text-align: justify;">Mas nenhuma reverência seria capaz de expressar a relação entre Ovídio, sua cuíca e o samba com tanta profundidade quanto o testemunho pós morte que o próprio Ovídio enviou, pouco tempo depois de sua partida, numa carta psicografada dirigida à sua grande amiga <a href="https://www.instagram.com/biancacalcagni/" target="_blank">Bianca Calcagni</a>, confiando a ela, no exercício de sua fé, a mensagem abaixo (que Bianca lê e comenta no vídeo em seguida):</p><div><i><b><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Bianca, obrigado. Obrigado por me permitir escrever. Obrigado por lembrar-se de mim. Obrigado por tudo. Esta mensagem eu dedico à vocês e aos meus amigos, aos meus familiares, essa “pequena senzala livre”, a todos os músicos e intérpretes que sabem ganhar o mundo com seu talento, à minha cuíca, meu instrumento que já fazia parte do meu corpo.</span></div></span><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div></span><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Meus amores, o sono me venceu e o cansaço me dominou, o acidente automobilístico me trouxe à uma nova roda de samba, o choro estridente de minha cuíca soa pelos céus. Sou um músico feliz por ter podido tocar minha verdade e mostrar minha arte para o mundo. O samba é capaz de sintetizar os fatos vividos por pessoas comuns, nosso povo, nossa alma guerreira. Fui negro, sou negro e a negritude se manifesta nas culturas diversas do meu Brasil. Uma grande mistura de crenças e raças, uma babel cultural, uma pajelança de ritmos. Manifesto neste texto o que sinto, o que conquistei, o que vivi. </span></div></span></b></i></div><div><div style="text-align: justify;"><i><b><br /></b></i></div><i><b><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Toco minha alma no acorde da vida e acordo vivo. O céu nunca mais foi o mesmo desde a minha chegada, por fim ponho pra quebrar e coloco anjos pra requebrar. Sambo miudinho, sambo juntinho, partido alto ou gafieira, samba sincopado ou samba enredo. Passei pela vida como um passista passa pela avenida, com muita alegria.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Quando sentirem saudades de mim agucem os ouvidos e ouçam meu ritmo sendo tocado no vento. Vou caminhar pelo palco da verdadeira vida e como companheira inseparável minha cuíca. Um samba vou fazer, um samba vou tocar, um samba vou sambar, um samba vou viver. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">À todos aqueles que sabem viver e aprender com a vida. À todos aqueles que fazem o que amam e amam a vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span></b><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Meu obrigado.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><i style="font-family: inherit;"><b>Ovídio.</b></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="font-family: inherit;"><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="font-family: inherit;"><br /></i></div></span></i></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/8MelSnBViX0" width="530"></iframe></div><div style="text-align: left;"><span><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Diante disso, não há muito o que acrescentar. Só nos resta expressar nosso mais profundo agradecimento à Bianca por dividir conosco um documento tão íntimo e precioso, assim como</span><span style="font-family: inherit;"> à família do Ovídio pela autorização de publicá-lo.</span><span style="font-family: inherit;"> Independente de crença ou descrença individual, certamente todos que o admiram se alegram em saber que Ovídio </span><span style="font-family: inherit;">seguiu com sua inseparável cuíca e com o toque de prima do seu samba; e que permanecerá aqui como "flor-luz que influi nas gerações", conforme ele mesmo canta em Eterna Paz.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span style="font-family: inherit;"><iframe allow="autoplay" frameborder="no" height="166" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/933786724&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true" width="100%"></iframe></span><div style="color: #cccccc; font-family: Interstate, "Lucida Grande", "Lucida Sans Unicode", "Lucida Sans", Garuda, Verdana, Tahoma, sans-serif; font-size: 10px; font-weight: 100; line-break: anywhere; overflow: hidden; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap; word-break: normal;"><a href="https://soundcloud.com/cuiqueiros_blog" style="color: #cccccc; text-decoration: none;" target="_blank" title="CUIQUEIROS_Blog">CUIQUEIROS_Blog</a> · <a href="https://soundcloud.com/cuiqueiros_blog/eterna-paz-candeia-e-martinho-da-vila-por-ovidio-brito-e-martnalia" style="color: #cccccc; text-decoration: none;" target="_blank" title="Eterna Paz [Candeia e Martinho da Vila] - por Ovídio Brito e Mart'nália">Eterna Paz [Candeia e Martinho da Vila] - por Ovídio Brito e Mart'nália</a></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></div></span></div></span></div>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-14667942179471088502020-10-31T21:34:00.000-03:002020-10-31T21:34:04.767-03:00A cuíca no podcast "Nó na Garganta"<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O programa Nó na Garganta, da <a href="https://www.facebook.com/escoladechorosp/">Escola de Choro de São Paulo</a>, lançou recentemente dois excelentes episódios dedicados à cuíca. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O primeiro compõe a série <i>Telecotecos Africanos e Brasileiros</i>, que investiga traços de DNA africano na música brasileira tomando o famoso "telecoteco" do samba e do choro como filamento genético dessa relação. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Partindo da audição de um belo solo de cuíca executado pelo magistral <a href="https://www.instagram.com/alfredo___castro/" target="_blank">Alfredo Castro</a> e de uma incrível gravação de puíta registrada em Angola pelo pesquisador <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Gerhard_Kubik" target="_blank">Gerhard Kubik</a>, o programa segue um trajeto de reflexões instigantes pautadas em valiosos documentos sonoros.</span></p><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AiO93gVfSws" width="530"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já o segundo programa integra a série <i>Timbres e seus Gênios </i>e se concentra nas modificações sonoras que a cuíca sofreu ao longo do tempo e que a afastaram da semelhança com o timbre de outros tambores de fricção, como a puíta angolana, característica da fase inicial de sua história.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/qJk6sCeUS4w" width="530"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Também com ilustração de um rico repertório e tendo por base importantes fontes históricas, o programa nos conduz à triste constatação de que <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2011/06/a-evolucao-sonora-da-cuica.html" target="_blank">a evolução sonora da cuíca</a>, apesar da relevância musical e estética, teve grande motivação na desigualdade social, preconceito e discriminação racial que ainda hoje nos violenta como herança dos quase quatro séculos de escravidão no Brasil. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Constatação triste, mas necessária de ser feita e infinitamente refeita. Pois, se um traço tão marcante da cuíca, sua sonoridade que tanto nos encanta, resulta de algo tão terrível, não podemos considerá-la apenas como um instrumento musical. A cuíca se revela também como instrumento de denúncia e combate ao racismo e à injustiça.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É uma grande satisfação que esse humilde espaço cuiquístico tenha contribuído para o programa Nó na Garganta produzir um conteúdo tão importante e oportuno. Fica aqui também a nossa saudação aos amigos chorões, em especial ao professor <a href="https://www.instagram.com/enrique.menezes/" target="_blank">Enrique Menezes</a>, a quem agradecemos pela aula e pela oportunidade de redimensionar a nossa responsabilidade de cultivar a chorona.</div><div style="text-align: center;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></div>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-31627784068423701042020-09-11T21:05:00.006-03:002020-09-11T23:32:37.340-03:00Homenagem a Zeca e Marçal<div style="text-align: justify;">Hoje, precisamente neste 11 de setembro de 2020, o blog <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2010/09/sejam-bem-vindos.html" target="_blank">Cuiqueiros</a> completa dez anos de existência. Não haveria maneira melhor de celebrar essa marca do que reverenciando a memória de dois dos nossos maiores ícones: <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2012/04/video-10-mestre-marcal.html" target="_blank">Mestre Marçal</a>, que faria 90 anos no último dia sete; e <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2014/06/homenagem-zeca-da-cuica-por-seus-80-anos.html" target="_blank">Zeca da Cuíca</a>, de quem lamentamos o falecimento no último dia quatro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxyRoLvxsyC-VpmVphAv0jIh7Ot4AKJXFxCmf9K-Smb60_0GTsVNBTJLy_FPsOdy3GeKs6Y6hehXquY6X-LNm_dY82CrHrN9Q8_TeKydeEoQhVjLNCxIkgFsNXS_VFuetrJZsyIqOXPU4/s1024/utopicas_colagens_20200910_1.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxyRoLvxsyC-VpmVphAv0jIh7Ot4AKJXFxCmf9K-Smb60_0GTsVNBTJLy_FPsOdy3GeKs6Y6hehXquY6X-LNm_dY82CrHrN9Q8_TeKydeEoQhVjLNCxIkgFsNXS_VFuetrJZsyIqOXPU4/w500-h500/utopicas_colagens_20200910_1.png" width="500" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Zeca da Cuíca | Fonte - <a href="https://www.instagram.com/utopicas_colagens/" target="_blank">@utopicas_colagens</a></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><a href="https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2020/09/06/zeca-da-cuica-bamba-original-que-decifrou-o-misterio-do-samba-morre-aos-85-anos.ghtml" target="_blank">José de Oliveira</a>, o nosso Zeca da Cuíca, ou simplesmente ZK, como ele mesmo costumava usar, partiu dormindo, aos 86 anos, em sua residência no morro de São Carlos, onde morou durante praticamente toda sua vida. Coube ao <a href="https://www.facebook.com/gresestacio/posts/1749303005226931" target="_blank">GRES Estácio de Sá</a> comunicar a triste notícia da partida do baluarte, prestando a primeira das muitas homenagens que o seu Zeca vem recebendo, como esta bela colagem acima, de <a href="https://www.instagram.com/wllgomes/" target="_blank">William Gomes</a>, e também a interpretação de "<a href="https://youtu.be/08ysE4mIfKg" target="_blank">O ronco da cuíca</a>" durante a live do <a href="https://youtu.be/l886we4s15I?t=7140" target="_blank">Samba do Trabalhador</a>, cuja versão original não seria a mesma sem a magnífica cuíca gravada pelo Zeca. Na verdade, ele nos deixou inúmeras outras gravações magníficas em discos de artistas dos mais renomados, marcando também o seu nome na história da música brasileira como um dos maiores cuiqueiros do seu tempo. No mundo do samba, em especial, Zeca representava um elo com uma realidade atualmente acessível apenas em documentos e na memória dos antigos. Para nossa sorte, ele deixou algumas de suas lembranças gravadas na série Matrizes do Samba do Rio de Janeiro, produzida pelo <a href="https://www.cartola.org.br/" target="_blank">Centro Cultural Cartola</a>, em 31 de janeiro de 2009, falando de sua infância, família, sua carreira e de sua íntima e apaixonada relação com a cuíca, o que fica ainda mais nítido nos momentos em que entremeia a conversa com os sons de sua chorona. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/MLI27wp4Hq0" width="530"></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/10/brasil/43.html" target="_blank">Nilton Delfino Marçal</a>, o nosso Mestre Marçal, já nos deixou há mais tempo, tendo falecido no dia 9 de abril de 1994 com apenas 63 anos. Seu pai, o grande compositor <a href="https://musicabrasilis.org.br/compositores/armando-marcal" target="_blank">Armando Marçal</a>, faleceu ainda mais precocemente, com 44 anos, deixando para o filho seu posto na Rádio Nacional, o primeiro emprego de Mestre Marçal como músico profissional. A partir de então, sua biografia seria marcada por episódios que o elevaram à condição de um dos maiores sambistas de todos os tempos. Dos programas de rádio como percussionista e das primeiras apresentações como cantor em gafieiras, passando pelos desfiles de carnaval como ritmista e diretor de bateria, se tornou um dos músicos mais requisitados para gravações em discos, dentre as quais se destacam suas magistrais atuações tocando cuíca. Mais tarde, chega a ter sua própria <a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PL-ybVknScb2L7U8UoxNVGemscEC5s5brk" target="_blank">discografia</a>, passando de acompanhador a protagonista. Sua história pode ser melhor conhecida através da bela pesquisa de <a href="http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/285195/1/Barros_ViniciusdeCamargo_M.pdf" target="_blank">Vinícius Barros</a>; sua personalidade, pelo fascinante depoimento de <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2015/03/entrevista-com-wilson-das-neves-sobre.html" target="_blank">Wilson das Neves</a>; e sua própria pessoa, pelo programa Ensaio gravado na Tv Cultura, em 1991.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/pvso2v7lM2w" width="530"></iframe></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Zeca e Marçal nasceram em momentos bem próximos, 1934 e 1930, respectivamente, partiram em momentos bem distantes, e agora ambos se encontram na eternidade. Melhor seria imaginar que agora eles se reencontram na eternidade, que agora podem se rever e reviver a amizade que inspirou a composição "<a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2014/08/musica-15-dois-sem-vergonha.html" target="_blank">Dois sem vergonha</a>", e que suas cuícas possam novamente dialogar, endiabradas, na língua dos anjos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><iframe allow="autoplay" frameborder="no" height="166" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/302428309&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true" width="100%"></iframe><div style="color: #cccccc; font-family: interstate, "lucida grande", "lucida sans unicode", "lucida sans", garuda, verdana, tahoma, sans-serif; font-size: 10px; font-weight: 100; line-break: anywhere; overflow: hidden; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap; word-break: normal;"><a href="https://soundcloud.com/cuiqueiros_blog" style="color: #cccccc; text-decoration: none;" target="_blank" title="CUIQUEIROS_Blog">CUIQUEIROS_Blog</a> · <a href="https://soundcloud.com/cuiqueiros_blog/dois-sem-vergonha" style="color: #cccccc; text-decoration: none;" target="_blank" title="Dois sem vergonha">Dois sem vergonha</a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div style="clear: both; text-align: justify;">Obrigado, muito obrigado, muitíssimo obrigado a todas e todos que acompanham este humilde espaço cuiquístico. Que venham mais dez!</div>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-25646731278202289712020-04-21T13:03:00.005-03:002022-04-21T18:16:14.579-03:00Vídeo 24 - 10º encontro de cuiqueiros do RJ<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
O cuiqueiro é mesmo um ritmista diferente. Investe do próprio bolso para se manter na bateria, comprando couro e demais apetrechos para um instrumento caro por si só. Nenhuma outra peça exige manutenção tão regular como a cuíca e, quando muito, aquelas que necessitam são financiadas pela própria escola (o que aliás é o ideal). Mesmo sem essa sorte, o cuiqueiro não esmorece e segue firme para se garantir no próximo carnaval. E há uma explicação: é que a relação do cuiqueiro com o seu instrumento é especial. A intimidade entre o cuiqueiro e sua cuíca é algo que ultrapassa o caráter utilitário dos objetos e atinge um grau de relação onde a cuíca é vista quase como um ser vivo pelo seu proprietário. E isso fica explícito no sentido de pertencimento no nome que muitos cuiqueiros assumem pela designação "da cuíca". Sem desmerecer os demais instrumentos, nenhuma outra peça da bateria é assimilada ao nome dos seus ritmistas com tanta naturalidade e frequência. Fulano da caixa ou Sicrano do surdo é algo raro de se ver, mas Beltrano da Cuíca tem aos montes! Somos da cuíca, nós é que pertencemos a ela, somos nós os instrumentos dela. Mas isso parece ser incompreensível por parte de alguns que não vivenciam este sentimento. Apesar de ser um instrumento muito admirado em todo o mundo, a cuíca é também muito desprezada, inclusive no próprio ambiente do samba. No entanto, como dito, o cuiqueiro não esmorece e segue firme para se garantir no próximo carnaval. E há outra explicação: é que o cuiqueiro é um ritmista tão diferente que nem espera chegar o período de ensaios do carnaval seguinte para matar a saudade da chorona. Deu um jeito de antecipar o encontro entre seus pares para extravasar o sentimento que não aguenta segurar por muito tempo. Assim, instituiu o dia 21 de abril como o <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2011/04/dia-nacional-da-cuica-21-de-abril.html" target="_blank">Dia da Cuíca</a> e, desde então, passou a celebrar a data informalmente. Entretanto, novamente sem a intenção de desmerecer os outros naipes, a data agora é oficial e nenhuma outra peça da bateria tem o seu próprio dia sacramentado em lei, conforme se lê no <a href="https://mail.camara.rj.gov.br/APL/Legislativos/scpro1316.nsf/249cb321f17965260325775900523a42/597755798bb0288403257b58004d4222?OpenDocument" target="_blank">Projeto de Lei Nº 197/2013</a> que oficializou o Dia da Cuíca no calendário da cidade do Rio de Janeiro: <i>"o dia 21 de abril de 2005 marcou a realização do 1º Encontro de Cuiqueiros - RJ, na quadra da G.R.E.S. União de Jacarepaguá, reunindo ritmistas de várias escolas, amantes da cuíca, num ambiente de harmonia, confraternização e alegria, sem fins lucrativos e com entrada franca, por iniciativa de João da Cuíca da GRES Portela, aliado a um seleto grupo de amigos igualmente cuiqueiros tais como: Hildebrando (Portela), Hélio Naval (Império Serrano), João Grande, Xanduca e Carlinhos (Mangueira), Reginaldo (Império Serrano), Hélio e Niquinho (Imperatriz Leopoldinense), Luiz (Caprichosos de Pilares), Sena (Arranco) etc".</i> </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">A cuíca ganhou seu próprio dia graças à iniciativa desses mestres e, indiretamente, graças a todos os seus admiradores e cultores que vêm se renovando de geração em geração, ano após ano, em toda parte. Neste ano, devido à pandemia, infelizmente não será possível celebrar a 16ª edição do encontro que marca o início de toda essa história. Mas pra gente não esmorecer e, simbolicamente, reviver este momento, seguem imagens inéditas do evento de 2014, nos projetando para aquele ambiente de plena felicidade. Viva a cuíca e viva todos os cuiqueiros e cuiqueras de hoje, de ontem e de sempre! Parabéns pra todos nós!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/-vvnv6_6O2s" width="530"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cccccc;">.</span></div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-63846715392467741212020-03-30T09:00:00.005-03:002022-03-30T21:54:30.415-03:00A cuíca nas baterias universitárias<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
*por <a href="https://www.facebook.com/lineker.oliveira.372" target="_blank">Lineker Oliveira</a> e <a href="https://www.facebook.com/paulinho.bicolor/" target="_blank">Paulinho Bicolor</a><br />
<br />
Reza a lenda que a expressão "escola de samba" surgiu de uma analogia feita pelo compositor Ismael Silva entre o bloco <a href="http://dicionariompb.com.br/escola-de-samba-deixa-falar/dados-artisticos" target="_blank">Deixa Falar</a>, criado por ele e seus amigos no bairro carioca Estácio de Sá, e a <a href="http://cemiiserj.blogspot.com/2011/02/colunista-sai-pela-cidade-procura-da.html" target="_blank">Escola de Normalistas</a> situada no mesmo bairro, que formava professoras para os colégios do município. Ismael via os bambas da <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Turma_do_Est%C3%A1cio" target="_blank">Turma do Estácio</a> como "professores" e o <i>Deixa Falar</i> seria a "escola" onde eles ensinavam samba. Mas há quem duvide que a expressão tenha surgido deste <i>insight </i>do sambista, afirmando ser mais provável que o famoso rancho <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ameno_Resed%C3%A1" target="_blank">Ameno Resedá</a>, conhecido como "rancho escola" antes do <i>Deixa Falar</i> existir, tenha inspirado a denominação que os sambistas passaram a usar em suas agremiações. De todo modo, o que há de mais significativo na origem dessa expressão é o fato de vincular uma prática cultural marginalizada - o samba - a uma instituição socialmente respeitada - a escola. Segundo o historiador <a href="https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/cartola/palacio-do-samba/?content_link=2" target="_blank">Luiz Antônio Simas</a>, na década de 1920, <i>enquanto os sambistas buscavam pavimentar caminhos de aceitação social, o Estado procurava disciplinar as manifestações culturais das camadas populares.</i> A expressão "escola de samba", portanto, independente de como surgiu, possivelmente logo se firmou por sintetizar um grave dilema social, equilibrando os interesses do Estado e dos sambistas naquela época. Desde então, outras expressões ligadas ao sistema educacional foram assimiladas ao universo do samba, como o termo "acadêmicos", presente no nome de várias agremiações, o termo "mestre", dado aos regentes das nossas orquestras e, mais recentemente, com as jovens e irreverentes <a href="http://abemeducacaomusical.com.br/conferencias/index.php/sd2018/regsd/paper/viewFile/3235/1769" target="_blank">baterias universitárias</a>, que levam esse jogo de palavras, na prática, para muito além do vocabulário.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="true" frameborder="0" height="324" mozallowfullscreen="true" src="https://docs.google.com/presentation/d/e/2PACX-1vQfNPNHm-nhZD04ad2Vz2IdCS392HCBPZx8XyXtFmHzhOR3fjj3H7GhKT-C3-qrXaXRS2sSc_7AgkSK/embed?start=true&loop=true&delayms=3000" webkitallowfullscreen="true" width="525"></iframe>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
As baterias universitárias foram originalmente criadas para incentivar torcidas e atletas em <a href="https://youtu.be/fm4HS7eg7NY" target="_blank">torneios esportivos</a>. A primeira de que se tem notícia, a <a href="https://www.facebook.com/ufucharanga/" target="_blank">Bateria Charanga</a>, foi criada em 1969 por alunos do curso de engenharia da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. Hoje, segundo levantamento do blog <a href="http://blogbateriasa.blogspot.com/2011/12/lista-completa-de-baterias.html" target="_blank">Bateria S/A</a>, existem aproximadamente trezentas espalhadas por todo o Brasil. Elas continuam animando as arquibancadas dos torneios esportivos, mas adquiriram vida própria, organizadas em ligas regionais como a <a href="https://www.facebook.com/liburj/" target="_blank">LIBURJ</a>, a <a href="https://www.facebook.com/lbmg1/" target="_blank">LBMG</a> e a <a href="https://www.facebook.com/ligaCWBU/" target="_blank">CWBU</a>, associadas à liga nacional - <a href="https://www.facebook.com/LigaLNBU/" target="_blank">LNBU</a>, contando com sistemas de gestão e programas de atividades cada vez mais elaborados. Além do cronograma de ensaios, a agenda inclui festas de casamento e formatura, bem como uma série de <a href="https://youtu.be/BH6mZI6oHAc" target="_blank">campeonatos</a> acirrados e, claro, regados por muita curtição. Os principais são o <a href="http://pholia.com.br/balatucada/" target="_blank">Balatucada</a>, o <a href="https://www.facebook.com/Interbatuc/" target="_blank">Interbatuc</a>, a Taça das Baterias Universitárias - <a href="https://www.facebook.com/tacadasbateriasuniversitarias/" target="_blank">TABU</a>, e a Copa das Baterias Universitárias - <a href="https://www.facebook.com/cbuoficial/" target="_blank">CBU</a>. O regulamento desses campeonatos se assemelha aos critérios de julgamento aplicados às baterias das escolas de samba, que servem também de parâmetro às características da batucada e instrumentação de cada grupo. Nesse ponto, uma bateria em especial se destaca de todas as demais por ser a única com um naipe de cuíca consolidado em sua formação: a <a href="https://www.facebook.com/BateriaBandidaEACH/" target="_blank">Bateria Bandida</a>.</span><br />
<span style="color: #eeeeee; font-size: xx-small;">.</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwwntqajWSrDxyx5hTO66v84gWdcpOXvQRzNFCD0oLYZHBxBWgj4tQkm2i52_Ngko_KdZzZBg9dzTP4C5CNZmGevqi76ANLKjBAd2P-wEiqCx_vzNT4Clf5UMEKOKSPubTysyBoTNdZBs/s1600/Bateria+Bandida.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="380" data-original-width="380" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwwntqajWSrDxyx5hTO66v84gWdcpOXvQRzNFCD0oLYZHBxBWgj4tQkm2i52_Ngko_KdZzZBg9dzTP4C5CNZmGevqi76ANLKjBAd2P-wEiqCx_vzNT4Clf5UMEKOKSPubTysyBoTNdZBs/s400/Bateria+Bandida.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeeeee; font-size: xx-small;">.</span><br /><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Fundada em 2007 na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo - <a href="http://www5.each.usp.br/" target="_blank">EACH-USP</a>, a Bateria Bandida não hesita em ostentar o prestígio de ter a chorona em sua formação, o que fica evidente em seu brasão e também no seu lema: <i>se a cuíca chorou é o Bonde da Leste! A swingueira que sacode a torcida EACHiana! </i>O primeiro diretor das cuícas do Bonde da Leste, <a href="https://www.facebook.com/renan.rodriguesdacosta" target="_blank">Renan Costa</a>, nos deu um interessante relato sobre a representatividade da Bandida no cenário universitário e o quanto isso se deve à sua própria atuação e pioneirismo, como se observa nesse trecho da nossa conversa:</span><br />
<br /></div>
</div>
<div class="p1">
</div>
<style type="text/css">
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 12.0px Helvetica; color: #454545}
</style><iframe allow="autoplay" frameborder="no" height="166" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/781309489&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true" width="100%"></iframe><br />
<br /><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
O protagonismo da cuíca na Bateria Bandida, apesar de ainda não se refletir em outras baterias universitárias, tem reverberado de forma bastante efetiva no meio das escolas de samba. O próprio Renan, por exemplo, é o atual diretor de cuíca na <a href="https://unidosdevilamaria.com.br/" target="_blank">Unidos de Vila Maria</a> e sua substituta na direção das choronas na Bateria Bandida, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=v4cPUftcjeE" target="_blank">Alice Caliento</a>, mais tarde saltaria do Bonde da Leste para liderar o <a href="http://g1.globo.com/sao-paulo/videos/t/sptv-2-edicao/v/academicos-do-tatuape-traz-de-volta-a-cuica-com-um-time-formado-so-por-mulheres/7298983/" target="_blank">histórico naipe</a> formado só por mulheres na <a href="https://www.academicosdotatuape.com.br/" target="_blank">Acadêmicos do Tatuapé</a>.<br />
<br />
Outra forma da Bandida demonstrar o quanto a cuíca é importante em sua formação se dá por meio de um momento em suas apresentações chamado "chora cuíca", um breque especialmente reservado para o destaque das choronas, recriado a cada ano em novas convenções. O vídeo abaixo registra o "chora cuíca" de 2014, apresentado no torneio Balatucada. Com ele encerramos essa postagem torcendo que seu título - no plural - um dia faça sentido em gênero, número e grau. Vida longa à Bandida! Chora cuíca!!!</span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/bcsBLVQndWQ" width="530"></iframe></span>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #eeeeee;">.</span></div>
</div>
<style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"MS 明朝";
mso-font-charset:78;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:1 134676480 16 0 131072 0;}
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Cambria;
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536870145 1073743103 0 0 415 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:Cambria;
mso-ascii-font-family:Cambria;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"MS 明朝";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Cambria;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-family:Cambria;
mso-ascii-font-family:Cambria;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"MS 明朝";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Cambria;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}
@page WordSection1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:72.0pt 90.0pt 72.0pt 90.0pt;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.WordSection1
{page:WordSection1;}
-->
</style><style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"MS 明朝";
mso-font-charset:78;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:1 134676480 16 0 131072 0;}
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Cambria;
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:auto;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536870145 1073743103 0 0 415 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:Cambria;
mso-ascii-font-family:Cambria;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"MS 明朝";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Cambria;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-family:Cambria;
mso-ascii-font-family:Cambria;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:"MS 明朝";
mso-fareast-theme-font:minor-fareast;
mso-hansi-font-family:Cambria;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}
@page WordSection1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:72.0pt 90.0pt 72.0pt 90.0pt;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.WordSection1
{page:WordSection1;}
-->
</style>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-9809298621077432112020-02-12T16:32:00.002-03:002022-03-11T19:21:24.677-03:00Osvaldinho da Cuíca - 80 anos<div style="text-align: justify;">
Hoje
é dia de reverenciar um dos nossos maiores mestres: Osvaldo Barro, o nosso
querido Osvaldinho da Cuíca, completa hoje 80 anos de vida! Paulistano nascido no
Bom Retiro, foi cedo viver com a avó em Poá, cidade próxima à capital paulista. Ouvindo-a cantar
cateretês à luz da lamparina, escutando rádio pelo serviço de autofalantes da
pracinha e observando os festejos do carnaval local, o pequeno Osvaldinho teve ali os seus primeiros contatos com a música. No
final dos anos 1940, voltou a morar com uma tia em São Paulo, onde definidamente se encantou pela
batucada ao ver e ouvir nomes como Herivelto Martins, Monsueto e
Ataulfo Alves nos cinemas que contagiavam a atmosfera cultural na década de 1950. A inspiração dos filmes o levou a transformar a
ferramenta de trabalho do seu primeiro ofício, uma caixa de engraxate, no instrumento musical em que pôde dar as primeiras exibições de sua imensa habilidade
percussiva.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/zLH3459-LrM" width="530"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="375">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hashtag"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Unresolved Mention"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]-->
<style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536859905 -1073697537 9 0 511 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin-top:0cm;
margin-right:0cm;
margin-bottom:10.0pt;
margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-size:11.0pt;
mso-ansi-font-size:11.0pt;
mso-bidi-font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
.MsoPapDefault
{mso-style-type:export-only;
margin-bottom:10.0pt;
line-height:115%;}
@page WordSection1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.WordSection1
{page:WordSection1;}
-->
</style>
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<!--StartFragment--><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Habituado
a fazer ponto na frente de uma gafieira do Tucuruvi, engraxando sapatos e
batucando na caixa, Osvaldinho logo fez amizades com os sambistas da região, integrantes dos
cordões que viriam a formar algumas das atuais escolas de samba da Paulicéia. Aos 14 anos,
entrou para o cordão <a href="https://www.youtube.com/watch?v=5g_084gPDgU" target="_blank">Garotos do Tucuruvi</a>, onde compôs os seus primeiros sambas
e se aproximou dos instrumentos que o tornariam famoso, principalmente a sua
amada cuíca, inspirado por grandes cuiqueiros da época como </span></span>Zé da Rita e<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2011/01/cuiqueiros-1-boca-de-ouro.html" target="_blank">Boca de Ouro</a>. Aos 18 anos, já havia se tornado um músico profissional, participando
de gravações em discos como percussionista, acompanhando diversos cantores e cantoras em casas noturnas e programas de rádio, mas foi no grupo de teatro popular do poeta Solano Trindade que ganhou seu nome artístico, conforme ele mesmo relata em <a href="https://www.youtube.com/watch?v=7ESK0aMsAUo&feature=youtu.be" target="_blank">entrevista</a> </span></span>ao Museu da Imagem e do Som de São Paulo. O nome <a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100007209498296" target="_blank">Osvaldinho da Cuíca</a>, ao se espalhar pelo mundo, se transformou numa verdadeira bandeira de popularização da "chorona" e n<span style="font-family: inherit;">ão faltam provas para evidenciar o quanto ele foi e ainda é um cuiqueiro excepcional.</span></div><div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/HYw9ACmEtcM" width="530"></iframe><br /></div>
<br />
Muito mais do que um ícone para a cultura da cuíca, Osvaldinho herdou o posto de autêntico símbolo do samba paulista, equiparando-se a nomes como Geraldo Filme, Henricão, Adoniran Barbosa e Germano Mathias, dos quais continua sendo um discípulo fiel. A passagem pelo conjunto <a href="https://www.youtube.com/watch?v=2ToOmzXAD2M&list=RDli3ZcotqviA&index=13" target="_blank">Demônios da Garôa</a> foi um importante acontecimento em sua ascensão artística, bem como a constante atuação em diversas frentes da <a href="https://www.vaivai.com.br/" target="_blank">Vai-Vai</a>, sua escola do coração, por três vezes campeã com sambas de sua autoria, dos seis que ele teve a felicidade de cruzar a avenida <a href="https://www.youtube.com/watch?v=s_1S0Ab8eHs" target="_blank">sambando</a> com a maestria digna de um genuíno mestre-sala. Sua trajetória é também marcada pela <a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PL-ybVknScb2JdUYAhzn9udBVnSrhjPUXu" target="_blank">discografia</a> que apresenta seu valioso trabalho autoral (num total de sete discos) e ainda pela grande contribuição à preservação da memória do samba em publicações como <a href="https://www.estantevirtual.com.br/livros/osvaldinho-da-cuica-andre-domingues/batuqueiros-da-pauliceia/3353783044" target="_blank">Batuqueiros da Paulicéia</a>, do qual é coautor. Já o livro <a href="https://www.estantevirtual.com.br/livros/maria-apparecida-urbano/sampa-samba-sambista-osvaldinho-da-cuica/337674820" target="_blank">Sampa, Samba, Sambista</a>, de Maria Aparecida Urbano, narra a vida desse grande artista de forma muito mais detalhada do que cabe na singela homenagem que prestamos aqui. Devemos ser gratos ao tempo por dar ao nosso mestre tamanha longevidade. Osvaldinho chega aos 80 anos de vida, mas há muito que seu nome já se tornou eterno. Viva Osvaldinho da cuíca! Viva o nosso mestre!</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #eeeeee;">.</span></div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-18908777980003225372019-09-25T14:01:00.000-03:002019-09-25T14:11:15.633-03:00A cuíca nos discos de samba-enredo [Parte 1]<div style="text-align: justify;">
*por <a href="https://www.facebook.com/lineker.oliveira.372" target="_blank">Lineker Oliveira</a> e <a href="https://www.facebook.com/paulinho.bicolor/" target="_blank">Paulinho Bicolor</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A história nos conta que os primeiros desfiles das escolas de samba datam do início da década de 1930, sendo a famosa <a href="https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/76745/praca-onze-era-um-espaco-de-construcao-do-mito-do-.htm" target="_blank">Praça Onze</a>, no Rio de Janeiro, o berço do que hoje é conhecido como "o maior espetáculo da terra". Desde aquela época, a cuíca já se destacava como um elemento importante nesse contexto. O concurso para <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidad%C3%A3o_Samba" target="_blank">cidadão samba</a> de 1936, por exemplo, avaliou os candidatos com base nos critérios <i>convívio no morro, boa conduta, saber tocar pandeiro, <b>puxar cuíca</b>, bater tamborim e surdo, e ter três composições próprias</i>. Muita coisa aconteceu da Praça Onze à "espetacularização" dos desfiles e um fator importante nesse processo é a produção anual dos discos de samba-enredo, iniciada em 1968 com o LP <a href="https://youtu.be/fWrt4rwpsaE" target="_blank">Festival de Samba</a>.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ej2ZzRMqNLk" width="530"></iframe><br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Gravado ao vivo nos terreiros das escolas que naquele ano disputaram o principal título do carnaval carioca, <a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2018/noticia/primeiro-disco-de-samba-enredo-completa-50-anos-em-2018-marcou-o-carnaval-lembra-colecionador.ghtml" target="_blank">Festival de Samba</a> é um marco na discografia brasileira. Muito poderia e deve ainda ser dito a seu respeito, mas com relação à cuíca, chama atenção a presença discreta da chorona na maioria dos sambas, inclusive na faixa acima, que destaca o som das baterias de cada escola. A dificuldade técnica imposta pelos equipamentos de gravação disponíveis na época certamente justifica a má captação do som das cuícas, mas é oportuno associar tal fato aos discos do gênero produzidos atualmente.<br />
<br />
Os amantes da cuíca vem tendo grande frustração com os discos de samba-enredo nos últimos anos, pois o som da chorona tem sido suprimido das gravações como se ela nem existisse nas baterias. Mas, por qual razão isso está acontecendo se hoje o aparato tecnológico já é capaz de superar qualquer dificuldade de produção? Nada melhor do que ouvir uma das maiores autoridades no assunto para buscar uma resposta. Convidamos <a href="https://www.facebook.com/nilsinho.landim" target="_blank">Nilsinho Neon</a> para expor a opinião de quem tem na bagagem quase cinquenta anos de desfiles no carnaval carioca e mais de três décadas de gravações de cuíca em discos de samba-enredo. Com propriedade, seu depoimento trás uma breve análise do tema e um resumo de sua própria experiência no samba.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<iframe allow="autoplay" frameborder="no" height="166" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/683068725&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true" width="100%"></iframe>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
A origem do seu apelido, por usar luz neon buscando maior visibilidade nos desfiles, é análoga ao desejo de que a cuíca também se faça mais notada nos discos de samba-enredo. Conforme Nilsinho nos revela, a justificativa dos produtores com relação à redução do som da cuíca nos discos seria então a prioridade dada ao canto do samba, mantendo a base instrumental em planos secundários para favorecer o aprendizado da letra. Entretanto, diminuir o som da cuíca nas gravações a ponto de praticamente eliminá-la do áudio é uma decisão que descaracteriza a diversidade sonora das baterias e que compromete a experiência de quem escuta os discos na expectativa de apreciar toda a riqueza musical das escolas de samba. Se considerarmos a discografia completa dos sambas-enredo do <span style="text-align: start;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Discografia_do_Grupo_Especial_do_Rio_de_Janeiro" target="_blank">Rio de Janeiro</a>, bem como a discografia de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Discografia_do_Grupo_Especial_de_S%C3%A3o_Paulo" target="_blank">São Paulo</a>, além de outras cidades</span><span style="text-align: start;"> </span><span style="text-align: start;">que também possuem suas produções </span><span style="text-align: start;">como </span><a href="http://memoriasantista.com.br/?p=4855" style="text-align: start;" target="_blank">Santos</a><span style="text-align: start;"> e </span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Discografia_do_Grupo_Especial_de_Porto_Alegre" style="text-align: start;" target="_blank">Porto Alegre</a><span style="text-align: start;">, veremos, no entanto, que há</span> bons exemplos de gravações onde a cuíca se faz claramente notada, em equilíbrio com os demais instrumentos, e sem interferir no canto e aprendizado do samba. Partindo dessa observação, destacaremos essas gravações em postagens futuras, torcendo para que surjam novos exemplos com a cuíca em alto e bom som nos discos dos próximos carnavais. <a href="https://www.facebook.com/pg/confrariagambitodeouro/shop/?rid=673611869435672&rt=6" target="_blank">Porque a cuíca não pode calar</a>, como diz um bordão já famoso nas redes sociais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cccccc;">.</span></div>
</div>
<style type="text/css">
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 12.0px Helvetica}
</style><style type="text/css">
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 11.0px Helvetica}
</style></div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-31689422818511041212019-04-21T16:27:00.003-03:002022-04-21T21:49:11.569-03:00Vídeo 23 - Água de Cuíca [Ernani Cal e Lucas Gralato]<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Hoje é o dia dela! Ela que teve o seu legado jurado à extinção, que deixaria órfãos verso, refrão e uma legião de boas praças. Parente da onça, barrica, puíta, sarronca e tantos outros esturros largados. Ela é de fato um tanto estranha, mas estranho mesmo é quem não sabe admirar essa peça rara da história. Essa tinhosa! De choros e sorrisos, euforias e lamentos. Que faz quebrar cintura de mulata e entortar perna de bamba. Ela é o cão! Fonte de inspiração e comunhão que nos faz querer protegê-la. E hoje, novamente, é o dia dela. Um brinde à cuíca! Um brinde com <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2011/04/agua-de-cuica.html" target="_blank">Água de Cuíca</a>! Bebam sem moderação e apreciem sem pestanejar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jwHPqiRvY-c" width="530"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">Água de Cuíca</span></b></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
(<a href="https://www.instagram.com/ernanical/" target="_blank">Ernani Cal</a> & <a href="https://www.facebook.com/lucas.gralato" target="_blank">Lucas Gralato</a>)</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Juraram seu legado, a extinção</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Quizeram órfão verso e refrão</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
E uma legião de boas praças</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Onça, barrica, puíta, sarronca</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Ferina do esturro largado</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Estranha, peça rara da história</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Tinhosa de choros sorrisos</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
De euforias e lamentos</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Quebrou cintura de cabrocha</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Entortou perna de bamba</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Tanto fez, foi cão e inspiração</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Foi motivo de comunhão</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Ninguém vai te condenar</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Sou a sua proteção</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Bebo água de cuíca</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Bebo dela todo dia</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Bebo água de cuíca</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Bambo nela sem pestanejar</span></div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">
Brinco ela e vou</span></div>
<div style="text-align: center;"><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><u>FICHA TÉCNICA</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<b>Composição:</b> Ernani Cal e Lucas Gralato<br />
<br />
<b>Gravado no estúdio Podrera Records (2018)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção musical:</b> Sidon Silva</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Mixagem e masterização:</b> Sidon Silva</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Arranjo:</b> Sidon Silva e Ernani Cal</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Naipe de Cuícas e Coro gravados no EcoSom (2018)</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Imagens:</b> Sidon Silva, Ernani Cal e Yamê Valente</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Edição:</b> João Oliveira</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Voz:</b> Mako</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Voz Tema: </b>Lucas Gralato</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Violão: </b>Lucas Gralato</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Bateria:</b> Sidon Silva</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Percussão:</b> Sidon Silva e Ernani Cal</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Cuícas:</b> Ernani Cal e Lucas Gralato</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Naipe de Cuícas:</b> Antonio Simões, Doda Sodré, Edu Aguiar, Fabiano Magdaleno, Lia Wogel, Leandro Jordão, LERC, Mako, Neco, Rejane Rodrigues, Renight da Cuíca, Tom.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Coro:</b> Antonio Simões, Doda Sodré, Edu Aguiar, Ernani Cal, Fabiano Magdaleno, Lia Wogel, Leandro Jordão, Lucas Gralato, LERC, Neco, Rejane Rodrigues, Renight da Cuíca, Sidon Silva, Tom, Yamê Valente.</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #eeeeee;">.</span></div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-10770329242750636722019-03-31T15:23:00.005-03:002022-03-31T19:50:15.287-03:00Cuiqueiros 8 - Manoel Quirino<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: inherit;">"A fotografia que eu gostaria de ter encontrado na época da escrita do mestrado: a cuíca carioca na transição de sua forma e técnica de execução antiga (ainda como puíta) aqui apresentada por Manoel Quirino, o 'ás da cuíca' da escola de samba Lyra do Amor, de Bento Ribeiro... (Rio de Janeiro, Revista O Cruzeiro - 1935)".</span></i><br />
<i><span style="font-family: inherit;"><br /></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">As palavras acima são do historiador e etnomusicólogo <a href="https://www.facebook.com/rafagalante/posts/10156536234698978" target="_blank">Rafael Galante</a>, </span><span style="font-family: inherit;">autor de uma brilhante dissertação de mestrado, já comentada <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2017/03/da-cupopia-da-cuica-diaspora-dos.html" target="_blank">AQUI</a> no blog, onde aborda a relação entre a cuíca e os tambores de fricção da África Central, como a puíta angola.</span> </div>
<img align="left" border="0" data-original-height="960" data-original-width="381" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnShk3J9ZAX9F2Pc-x5kfd4gLkVecucXF7l8AdbpSyM77SY-PCUJ0zdW16U3CZ8DW9jYpB34yADB-bxJcc1FW7mCFCGFFEFCy7ddRkpXefgS_P_NTDcwa3j7bQEu2a0GJwzOu3D9eCVbc/s640/Manoel+Quirino.png" width="254" /><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">E esta é a</span> fotografia em questão<span style="font-family: inherit;">. </span><span style="font-family: inherit;">Uma imagem que deveria ser impressa em nossos livros escolares e merecia ganhar uma versão em escultura de bronze exposta em praça pública, tamanha a</span> sua beleza e valor histórico<span style="font-family: inherit;">.</span></div><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Originalmente publicada em 16 de novembro de 1935, esta foto ilustra uma reportagem d</span>a revista O Cruzeiro<span style="font-family: inherit;"> sobre a visita de dois bailarinos russos, Clotilde e Alexandre Sakharoff, ao terreiro da escola de samba Lyra do Amor, no bairro carioca de Bento Ribeiro, acompanhados de personalidades da alta sociedade brasileira.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Segundo a revista, os visitantes</span><i style="font-family: inherit;"> "se deliciaram ouvindo o ritmo estranho do samba de nossa terra, com suas cuícas, seus tambores monótonos, seus violões plangentes e seus cavaquinhos. Os artistas russos mostraram-se maravilhados com aquele espetáculo de arte primitiva, revelando seu invulgar interesse pelos instrumentos e pelos motivos musicais que escutaram".</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Aí vemos Manoel Quirino, um completo desconhecido nos dias de hoje, assim como muitos outros cuiqueiros do passado. Apesar do seu atual anonimato, é provável que ele tenha sido um protagonista de seu tempo, pois ter seu nome citado na principal revista da época, descrevendo-o como "ás da cuíca", significa que ele devia ocupar um lugar de destaque entre os seus contemporâneos. Talvez nunca saibamos maiores detalhes de sua biografia, mas o fato é que ele certamente foi um dos primeiros cuiqueiros do samba, e devemos a pessoas como ele o prazer de, hoje, tocar nossas "choronas".<br />
<br />Além da enorme satisfação que nos dá simplesmente saber da sua existência, esta bela imagem de Manoel Quirino traz também a oportunidade de observar algumas características que a cuíca tinha no passado. Como o próprio Rafael Galante observa, vemos aí um instrumento "<i>na transição de sua forma e técnica de execução antiga". </i>Essa antiga técnica de execução já foi tema de um post <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2018/06/antiga-tecnica-de-execucao.html" target="_blank">AQUI</a> no blog. E quanto às suas antigas características físicas, vale comparar esta cuíca de Manoel Quirino com o seguinte relato de <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2012/04/video-10-mestre-marcal.html" target="_blank">Mestre Marçal</a> a respeito das cuícas que ele via em sua infância:<br />
<br />
<i>"Naquela época a cuíca ainda era encourada com tachinhas. Esticava a pele e ia colocando tachinhas. E a vareta não era como a de hoje não. Furava-se a pele com alfinete quente, pregava-se uma arruela de couro por cima e por baixo da pele e amarrava o bambu com arame. Aquilo tinha pouca duração porque o próprio arame ia cortando a pele. Ou então o arame partia. Depois apareceram as cuícas como essas de hoje, que só arrebentam mesmo quando a pele arrebenta" </i>(Depoimento prestado ao jornalista Sérgio Cabral em 1979).<br />
<br />
Vemos nitidamente a arruela de couro mencionada por Marçal no centro da pele da cuíca de Manoel Quirino. Já o bambu preso com arame não dá pra enxergar, assim como as tachinhas, mas podemos deduzir que estas estejam ali, fixando o couro em toda a circunferência na barrica de madeira. Desta forma, o método de afinação consistia em aproximar o instrumento à uma fogueira para esticar o couro sob efeito do calor. Depois, como disse Mestre Marçal, apareceram as cuícas como essas de hoje, não mais com tachinhas, arame e arruelas. Mas quando exatamente teria ocorrido essa transição na estrutura do instrumento e também em sua técnica de execução?<br />
<br />
Não é simples responder esta pergunta. Entretanto, comparando esta imagem de Manoel Quirino, registrada em 1935, como outra fotografia também já publicada aqui no blog, de <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2017/11/cuiqueiros-7-marcelino-de-oliveira.html" target="_blank">Marcelino de Oliveira</a>, produzida em 1937, vemos que numa diferença de apenas dois anos, o atual mecanismo de afinação e a atual técnica de execução já estavam em uso. Mas além disso tudo, tem ainda o que é de fato importante: o sorriso no rosto de Manoel Quirino demonstra que <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2018/02/ritmistas-explicam-o-segredo-do-sorriso_17.html" target="_blank">tocar cuíca traz felicidade</a> há muito mais tempo do que um famoso <a href="https://twitter.com/pegoncalves/status/954093864490586112" target="_blank">meme</a> fez, recentemente, todo mundo acreditar.</div><div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #eeeeee;">.</span></div>
</div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-20993339690371616932019-02-27T11:18:00.000-03:002019-02-27T11:18:01.468-03:00Música 20 - Tem brabo no samba [Cena de Escola de Samba]<div style="text-align: justify;">
A música em destaque neste post vem do álbum <a href="https://youtu.be/7HSvSoOwhQM?t=1" target="_blank">Tam… Tam… Tam…!</a>, considerado uma das produções mais preciosas da discografia brasileira, e traz uma gravação de cuíca sem dúvida das mais importantes na história do nosso estimado instrumento musical.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
São diversos fatores que tornam Tam... Tam... Tam...! um disco tão precioso. Trata-se da trilha sonora do espetáculo teatral <a href="http://albumitaucultural.org.br/secoes/a-historia-esquecida-de-jose-prates/" target="_blank">Brasiliana</a>, de Miecio Askanasy, composto de quadros que apresentaram aspectos da história e da cultura afrobrasileira a platéias de países da América do Sul, Europa, África e Oriente Médio, entre 1950, quando o espetáculo estreou no Rio de Janeiro, e 1958, ano em que o disco foi lançado pela gravadora Polydor.<br />
<br />
O repertório é formado em grande parte por pontos de candomblé, dentre eles <a href="https://youtu.be/3fJ57ENJRe0?t=1" target="_blank">Nanã Imborô</a>, que parece ter inspirado <a href="https://youtu.be/Kl5sKmLKlyk?t=1" target="_blank">Mas que Nada</a> do genial Jorge Ben Jor. Mas para além deste dado curioso, são os arranjos do maestro <a href="http://albumitaucultural.org.br/secoes/a-historia-esquecida-de-jose-prates/" target="_blank">José Prates</a> e a execução da orquestra, com destaque para o solo vocal do cantor Ivan de Paula, que de fato traduzem a grandeza do disco. Suas faixas correspondem aos quadros daquele espetáculo teatral, como “O Navio Negreiro”, “Festa do Côco”, “Macumba”, “Funerais de Rei Nagô” e ainda “Cena de Escola de Samba”, subtítulo da faixa <a href="https://soundcloud.com/cuiqueiros_blog/tem-brabo-no-samba" target="_blank">Tem brabo no samba</a>, executada para a encenação de um desfile carnavalesco assim descrito na contracapa do álbum:<br />
<i><br /></i>
<i>A escola de samba desceu o morro e já se encontra no centro da grande metrópole carioca em pleno carnaval, enquanto os passistas e cabrochas se refrescavam nos bares das proximidades. O surdo, devidamente afinado, novamente invocou os deuses do ritmo que baixaram, se incorporando nos tamborins, reco-recos, cuícas e agogôs, fazendo-os bradarem num crescente infernal! Tam... Tam... Tam...! Porta-estandarte! Mestre-sala! Cabrochas! Passistas! Bateria! Cantam agora o samba! Hino de alegria... evocação à liberdade daqueles que sofreram o cativeiro, músicas benditas por Deus que fazem o povo sorrir na sua hora mais triste.</i> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<iframe allow="autoplay" frameborder="no" height="166" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/581393214&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true" width="100%"></iframe><br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
Desde a introdução, a música surpreende pela originalidade, revelando gradativamente a diversidade de timbres da sessão de ritmo formada pelos músicos Mateus (tarol), Waldemar (surdo), Hugo (surdo), Darcy (tamborim), Sabú (agogô), Hélio (reco-reco) e o grande <a href="http://www.personalsamba.com.br/2009/04/eliseu-felix-uma-vida-dedicada-ao-samba.html" target="_blank">Eliseu Félix</a> (pandeiro), que mais tarde formaria o famoso trio percussivo com Luna e <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2012/04/video-10-mestre-marcal.html" target="_blank">Mestre Marçal</a>. Quanto à gravação da cuíca, nem precisava ter o nome <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2011/01/cuiqueiros-1-boca-de-ouro.html" target="_blank">Boca de Ouro</a> na ficha técnica para identificar que foi ele o executante.<br />
<br />
Com seu estilo inconfundível, nessa performance o Boca nos dá ainda mais elementos para considerá-lo um dos maiores cuiqueiros de todos os tempos. Esse registro evidencia que ele aplicava a cuíca como um instrumento de função essencialmente melódica, produzindo escalas, glissandos e intervalos de notas nitidamente orientadas pelo sistema tonal. Temos aí, portanto, o que justifica a enorme importância dessa gravação, pois ela nos serve como um excelente material para a reflexão em torno da função musical da cuíca, um assunto ainda pouco discutido, mas muito mais complexo do que podemos imaginar.<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #eeeeee;">.</span></div>
</div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-57531133128004459972019-01-17T23:25:00.003-02:002022-01-18T18:43:15.681-03:00Vídeo 22 - Estudo para cuíca sobre gravação de Pretinho da Serrinha [por Juan Carlos Marras]<div style="text-align: justify;">
Que a cuíca é um instrumento musical internacionalmente conhecido nós já sabemos. E sabemos também que grande parte desta fama internacional está diretamente ligada à sua forte presença no contexto das escolas de samba espalhadas por todo o Brasil e também em muitas outras partes do mundo. A transmissão televisiva do carnaval brasileiro ao longo das últimas décadas sem dúvida contribuiu muito para este processo e um exemplo incrível do enorme alcance que a cuíca atingiu no mundo é a <a href="http://cuica.jp/" target="_blank">Confederação de Cuiqueiros do Japão</a>, sediada em Tóquio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas além de ter sua história fortemente ligada ao carnaval, sabemos também que a cuíca tem vaga cativa em outros contextos e formas de se tocar samba, como nas rodas e pagodes de mesa, nos palcos e estúdios de gravação, assim como em instituições de ensino musical. E tal como no universo carnavalesco, a cuíca também tem os seus representantes internacionais nesses diferentes ambientes do samba. Um deles é o percussionista argentino <a href="https://www.facebook.com/juancarlos.marras" target="_blank">Juan Carlos Marras</a>, que tem realizado um trabalho belíssimo com seus alunos, dedicando-se a transcrever em partitura algumas performances emblemáticas de cuiqueiros que costumamos escutar em gravações. Neste vídeo, Marras e seu aluno <a href="https://www.facebook.com/lucio.schmer" target="_blank">Lucio Schmer</a> reproduzem a linda execução de cuíca que o excepcional <a href="https://www.facebook.com/pretinhoserrinha/" target="_blank">Pretinho da Serrinha</a> gravou em <a href="https://www.youtube.com/watch?v=3JmPEj9VNe8" target="_blank">Tristeza pé no chão</a>, na interpretação da cantora <a href="https://www.facebook.com/teresacristina/" target="_blank">Teresa Cristina</a> com o <a href="https://biscoitofino.com.br/produto/grupo-semente-2/#descricao" target="_blank">Grupo Semente</a>.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jM4G0iCYy30" width="530"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">Já vimos aqui alguns casos de exercícios para cuíca escritos em pauta, como em <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2013/07/batuque-e-um-privilegio-oscar-bolao.html" target="_blank">Batuque é um privilégio</a> e em <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2014/12/percusion-brasilena-fernando-marcon.html" target="_blank">Percusión Brasileña</a>, mas nunca a transcrição inteira de uma execução do instrumento na gravação de um samba. Mais abaixo estão as partituras que resultaram deste excelente e, talvez, inédito trabalho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É certo que muitos de nós gostamos de tocar cuíca pelo simples prazer de brincar em um bloco de carnaval, ou pela emoção de desfilar numa grande bateria, ou apenas pra tirar uma onda num pagode com os amigos no fim de semana, sem que pra isso seja necessário conhecer teoria musical. Mas ninguém há de negar o quanto este exemplo é admirável. <span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #202124; text-align: left;">¡</span>Gracias hermanos!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbfh_Ik6JDdKky5egCiFz6F1krF-_kVwXJUxsvznwT1-O6lZr6p28LylKNAFOzXGuAOTsFggOLg-NW_mu8s1JOs_0hxpaZS-iatg3tXBFkiVmHbG8mpCYJvn1OppY4jdceIMFXl1PcfUw/s1600/escanear0001.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1164" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbfh_Ik6JDdKky5egCiFz6F1krF-_kVwXJUxsvznwT1-O6lZr6p28LylKNAFOzXGuAOTsFggOLg-NW_mu8s1JOs_0hxpaZS-iatg3tXBFkiVmHbG8mpCYJvn1OppY4jdceIMFXl1PcfUw/s640/escanear0001.jpg" width="465" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estudo para cuíca - Tristeza pé no chão - Página 1</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhriHVAtOZBeodkmmsLySNuB5tAyKl_oM5itGMskbGFqcOe6XRES40C6gW1pUy1-qmeqUgxEXh3Rm7TlHEC6U85R4SJZEMFwh8VPIFP06tqlxNrHJqD72JsKJ7Bpxnm6_XTk1XCubG0bu4/s1600/escanear0002.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1188" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhriHVAtOZBeodkmmsLySNuB5tAyKl_oM5itGMskbGFqcOe6XRES40C6gW1pUy1-qmeqUgxEXh3Rm7TlHEC6U85R4SJZEMFwh8VPIFP06tqlxNrHJqD72JsKJ7Bpxnm6_XTk1XCubG0bu4/s640/escanear0002.jpg" width="474" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estudo para cuíca - Tristeza pé no chão - Página 2</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivm574n0jD8X2zB3N6_nwKIxR6VQCNlx85EFvSjLWRRnsY02kEAECSJm9cal0C48Ev4ozTPwjhNttPfm99wsPyiBvVq-gz_1Voc4zc40CpCeJj4Y3hfN3393I1U8ZW9-2WvSHN-72nXL4/s1600/escanear0003.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1184" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivm574n0jD8X2zB3N6_nwKIxR6VQCNlx85EFvSjLWRRnsY02kEAECSJm9cal0C48Ev4ozTPwjhNttPfm99wsPyiBvVq-gz_1Voc4zc40CpCeJj4Y3hfN3393I1U8ZW9-2WvSHN-72nXL4/s640/escanear0003.jpg" width="472" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estudo para cuíca - Tristeza pé no chão - Página 3</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-38826695987312458712018-08-29T08:52:00.002-03:002018-08-29T08:52:45.627-03:00Disco 5 - Mina da Cuíca<div style="text-align: justify;">
Esse mundo da cuíca tem sempre alguma coisa reservada para nos surpreender. Quando a gente pensa que já viu de tudo, eis que surge algo inusitado como esse disco, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=g8gby5FNZMY&feature=youtu.be" target="_blank">Mina da Cuíca</a>, produzido pela gravadora <a href="http://www.buildingrecords.com.br/" target="_blank">Building Records</a> e lançado em 2004 pela <a href="https://www.discogs.com/label/72129-Filmax-Music" target="_blank">Filmax Music</a>.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/g8gby5FNZMY?rel=0" width="530"></iframe>
</div>
<br />
Não tenho a intenção de fazer aqui qualquer tipo de julgamento sobre a qualidade artística desse disco, mas a curiosidade sobre a sua concepção é inevitável. Os destaques dados à cuíca no título do trabalho e na imagem da capa não se justificam em relação ao conteúdo musical. E o "som da cuíca" <span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">–</span><!--EndFragment--> anunciado na frase de introdução dita pela cantora <span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt;">– </span>é tão artificial que sequer parece ter sido sampleado de um instrumento real. Mas o fato do lançamento desse disco ter ocorrido apenas na Espanha leva a pensar que todo esse destaque dado à cuíca possa ter sido feito com a intenção de explorar um instrumento "exótico", e assim chamar a atenção do público europeu. Independente dessa possível estratégia de marketing antropológico dos produtores, fato é que tanto a gravadora quanto o selo envolvidos nessa produção são voltados ao mercado de Dance Music. Deixo então aos experts do gênero qualquer complementação ao que já foi pontuado. Talvez o vídeo-clipe oficial desse hit os ajudem a tirar conclusões mais apuradas. Mas uma coisa é certa: a cuíca aí não passa de mera alegoria de mão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/3Pde1fHGilA?rel=0" width="530"></iframe><br />
<span style="color: #cccccc;">.</span></div>
<style>
<!--
/* Font Definitions */
@font-face
{font-family:"Cambria Math";
panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:roman;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;}
@font-face
{font-family:Calibri;
panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;
mso-font-charset:0;
mso-generic-font-family:swiss;
mso-font-pitch:variable;
mso-font-signature:-536859905 -1073697537 9 0 511 0;}
/* Style Definitions */
p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal
{mso-style-unhide:no;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
margin:0cm;
margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:12.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
.MsoChpDefault
{mso-style-type:export-only;
mso-default-props:yes;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-font-family:Calibri;
mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-fareast-language:EN-US;}
@page WordSection1
{size:612.0pt 792.0pt;
margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;
mso-header-margin:36.0pt;
mso-footer-margin:36.0pt;
mso-paper-source:0;}
div.WordSection1
{page:WordSection1;}
-->
</style>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-23591404859196497582018-06-20T13:05:00.000-03:002018-06-20T13:05:44.719-03:00Antiga técnica de execução*por <a href="https://www.facebook.com/marcello.portelense" target="_blank">Marcello Sudoh</a> e <a href="https://www.facebook.com/paulinho.bicolor/" target="_blank">Paulinho Bicolor</a><br />
<div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Desde o início da década de 1930, chegando até a década de 1950, várias ilustrações publicadas em diversos jornais e revistas retrataram a cuíca sendo tocada sem que o instrumentista comprimisse a região central da pele, próxima ao "umbigo", conforme fazemos atualmente para extrair as notas agudas. Os exemplos destacados no slide abaixo apresentam os cuiqueiros segurando seus instrumentos debaixo do braço, com a boca da cuíca virada pra frente e a pele para trás, exatamente na direção oposta de como posicionamos o instrumento hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="true" frameborder="0" height="327" mozallowfullscreen="true" src="https://docs.google.com/presentation/d/e/2PACX-1vTMJZH7WGx9Gt5rwPn0Va-P0ZLZJZgJO9o7zJhYTDpfnk2PJxM1XnWAUqhr2Pjn6Q4GcViFDP9Jihzd/embed?start=true&loop=true&delayms=3000" webkitallowfullscreen="true" width="530"></iframe><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conforme já mencionado em uma postagem sobre a <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2011/06/a-evolucao-sonora-da-cuica.html" target="_blank">evolução sonora da cuíca</a>, essa antiga técnica de execução permitia que apenas as notas graves fossem executadas, tendo como função marcar o tempo binário do samba. Uma prova muito evidente disso se encontra no trecho do filme <a href="https://www.youtube.com/watch?v=o36HRo7H5VM" target="_blank">That night in Rio</a> que reproduzimos abaixo, uma comédia musical lançada em 1941, com a cantora Carmen Miranda entre os protagonistas do elenco. Vemos claramente o cuiqueiro (cujo nome ainda não identificamos) executar a cuíca desse jeito antigo, que deixaria de ser utilizado na medida em que se firmava a técnica que utilizamos atualmente.</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/CCP_UhCAufs?rel=0" width="530"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #eeeeee;">.</span></div>
</div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-89790255728598195952018-05-21T22:01:00.001-03:002018-05-22T11:37:00.393-03:00Mapeamento das informações relativas à cuíca disponíveis em fontes bibliográficas<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Há cerca de um ano, nosso blog foi enriquecido com uma <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com.br/2017/03/da-cupopia-da-cuica-diaspora-dos.html" target="_blank">postagem</a> sobre a dissertação de mestrado do amigo Rafael Galante, que <span style="-webkit-text-stroke: rgb(50, 51, 51);">contribui imensamente para o aprofundamento do que se conhece sobre a cuíca e, num sentido mais amplo, sobre a família instrumental dos tambores de fricção de um modo geral. </span></span><br />
<br />
Agora, tenho a alegria de compartilhar a pesquisa de mestrado que desenvolvi no Programa de Pós-graduação em Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, sob orientação da professora Regina Meirelles, e que também traz a cuíca como objeto de estudo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse trabalho eu procurei fazer um mapeamento das informações sobre a cuíca que se encontram registradas em livros, dicionários, enciclopédias, artigos científicos, teses e dissertações. Consegui reunir ao todo mais de trezentas e cinquenta fontes de dados, das quais 154 serviram efetivamente às etapas mais trabalhosas da pesquisa, que envolveram um processo de categorização das informações por correspondência temática e, em seguida, a análise dos dados com base em determinados critérios de a<span style="font-family: inherit;">valiação. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Pretendo fazer novas postagens abordando os pontos mais significativos dos resultados obtidos, mas quem quiser se adiantar e já conhecer o trabalho na íntegra, basta clicar </span><a href="https://drive.google.com/file/d/124wWvrb83QnzIflqcKAY3f-LYG7s-P7T/view" style="font-family: inherit;" target="_blank">AQUI</a><span style="font-family: inherit;">. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">É fato que trabalhos acadêmicos não costumam ser um tipo de leitura muito agradável. No primeiro capítulo, por exemplo, trato da metodologia que utilizei para a realização da pesquisa, um tipo de assunto muitas vezes cansativo. Mas acredito que o segundo e o terceiro capítulos sejam mais interessantes, pois estão repletos de informações sobre variados aspectos e características da cuíca. Essa nuvem de palavras aqui embaixo contém os cem termos mais repetidos em todo esse conjunto e informações, dando uma dimensão resumida da diversidade de temas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBpnh3iZvsgxTAA77_FA3Jt8n-WDXs1CZe4szCTGtIIPvEvid3NbqYZYm8-VsjmXArHrLmpDA26v1w40RqaVoQC4HKN64WfIiolpZBZRUTKvXFtSLD6a2PvHYE7haf04jEgnQJGBVhARk/s1600/nuvem.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="598" data-original-width="606" height="394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBpnh3iZvsgxTAA77_FA3Jt8n-WDXs1CZe4szCTGtIIPvEvid3NbqYZYm8-VsjmXArHrLmpDA26v1w40RqaVoQC4HKN64WfIiolpZBZRUTKvXFtSLD6a2PvHYE7haf04jEgnQJGBVhARk/s400/nuvem.png" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #eeeeee;">.</span> </span></div>
<style type="text/css">
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; text-align: justify; line-height: 14.0px; font: 12.0px Times; color: #232323; -webkit-text-stroke: #232323}
p.p2 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; text-align: center; line-height: 14.0px; font: 12.0px Times; color: #eeeeee; -webkit-text-stroke: #eeeeee}
span.s1 {font-kerning: none}
span.s2 {text-decoration: underline ; font-kerning: none; color: #042eee; -webkit-text-stroke: 0px #042eee}
</style>Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-86018209309689706882018-04-26T11:32:00.004-03:002022-04-14T14:12:49.597-03:00Vídeo 21 - Tiê [Dona Ivone Lara]<div style="text-align: justify;">
Desde que criei este blog, em 2010, venho buscando constantemente por novos conteúdos para publicar nas postagens. O acervo que consegui reunir ao longo desse tempo (contanto com importantes colaborações de amigos) contém um vasto material que ainda aguarda a vez de ser publicado. É o caso deste vídeo que apresento agora, sobre o qual tomei conhecimento ao ler o belo <a href="http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/285195/1/Barros_ViniciusdeCamargo_M.pdf" target="_blank">trabalho sobre Mestre Marçal</a> escrito por <a href="https://www.facebook.com/vinicius.barros1" target="_blank">Vinícius Barros</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além de ser um dos raros registros em <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com/2012/04/video-10-mestre-marcal.html" target="_blank">vídeo do Mestre Marçal tocando cuíca</a>, a importância deste documento também se justifica por talvez ser o único registro audiovisual na Internet onde vemos o famoso trio formado por Luna, Marçal e <a href="http://www.personalsamba.com.br/2009/04/eliseu-felix-uma-vida-dedicada-ao-samba.html" target="_blank">Elizeu</a> em ação (Luna tocando surdo e Elizeu no tamborim). As participações de <a href="https://www.google.com.br/search?q=jorginho+do+pandeiro&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwj2yMGnkdjaAhVJh5AKHbTmB6EQ_AUICSgA&biw=1680&bih=913&dpr=1" target="_blank">Jorginho do Pandeiro</a> e de <a href="http://www.portelaweb.org/memoria/panteao-de-bambas/osmar-do-cavaco" target="_blank">Osmar do Cavaco</a> também engrandecem muito a importância dessas imagens, além, é claro, de <a href="https://youtu.be/V-j_p2VxNW4" target="_blank">Dona Ivone Lara</a> com toda a sua preciosidade, doçura e elegância.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/RdxEgYIiOZI?rel=0" width="530"></iframe><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Dona Ivone faleceu há poucos dias e certamente foi ocupar seu lugar no panteão dos seres iluminados, pois mesmo aqui, no plano dos mortais, sua representação no mundo do samba sempre fez com que todos a reverenciassem como uma Deusa. Essa postagem é dedicada a ela como uma singela homenagem em gratidão por suas lindas melodias. Pra quem quiser conhecer mais sua história, imensa em longevidade e legado, e que vai muito além de sua atuação como sambista, recomendo o livro <a href="https://www.travessa.com.br/nasci-para-sonhar-e-cantar-dona-ivone-lara-a-mulher-no-samba/artigo/6813b165-ca73-41c0-b18b-c4866cf06e34" target="_blank">Nasci para sonhar e cantar</a>, de Mila Burns, onde há este belo registro fotográfico de Dona Ivone ao lado de outro cuiqueiro (não identificado).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdPpPItAngUP5Fy51XWGz8a8S5Q4nURyPeMpA8DxLAzIxemARKCJQKfjiWnxtiTayxJXy643IIfApgTb8J_CcmztGwlkETA1xPatHLvxpKYZznn5XVm7NUayHwNYkv9kXTjq557Ydsbfk/s1600/D.+Ivone+com+cuiqueiro+3.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="313" data-original-width="501" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdPpPItAngUP5Fy51XWGz8a8S5Q4nURyPeMpA8DxLAzIxemARKCJQKfjiWnxtiTayxJXy643IIfApgTb8J_CcmztGwlkETA1xPatHLvxpKYZznn5XVm7NUayHwNYkv9kXTjq557Ydsbfk/s1600/D.+Ivone+com+cuiqueiro+3.jpeg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Nos discos da Dona Ivone há diversas gravações interessantes de cuíca. Preparei essa <a href="https://www.youtube.com/watch?v=_mHu7LNsBok&list=PL-ybVknScb2KEOkCPbI0mp-1hEs6680RN" target="_blank">playlist</a> dos álbuns completos que encontrei no YouTube. Mas com cuíca ou sem cuíca, a discografia de Dona Ivone é encantadora em cada detalhe. Viva Dona Ivone Lara!!!</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #eeeeee;">.</span></div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-64035057368452024462018-03-01T23:33:00.003-03:002022-03-01T13:40:04.597-03:00Vídeo 20 - Ovídio Brito em um lindo solo de cuíca<div style="text-align: justify;">
Este vídeo registra o solo de cuíca com que <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com.br/2010/11/ovidio-brito-1945-2010.html" target="_blank">Ovídio Brito</a> iniciava o show "Coração de Malandro", de <a href="http://martinhodavila.com.br/" target="_blank">Martinho da Vila</a>, apresentado no fim dos anos 1980. O show completo pode ser apreciado <b><a href="https://m.youtube.com/watch?feature=share&v=PRkMkfLOqaA" target="_blank">AQUI</a></b>. Nosso muito obrigado ao amigo <a href="http://cuiqueiros.blogspot.com.br/2016/10/video-19-cuica-feat-fabiano-salek.html" target="_blank">Fabiano Salek</a> por esta dica preciosa!</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/qwoDUBFWDfY?rel=0" width="530"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #eeeeee;">.</span></div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2215253993643454743.post-51287421111998617492018-02-17T20:14:00.000-02:002018-02-17T20:21:08.919-02:00Ritmistas explicam o segredo do sorriso do cuiqueiro<div style="text-align: justify;">
Matéria de Romulo Tesi, recentemente publicada no <a href="http://entretenimento.band.uol.com.br/bandfolia/noticias/100000899814/ritmistas-explicam-o-segredo-do-sorriso-do-cuiqueiro.html" target="_blank">Portal da Band</a>, investiga o "meme da cuíca", que se espalhou pelas redes sociais a partir de um <a href="https://twitter.com/pegoncalves/status/954093864490586112" target="_blank">tweet</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Integrantes do Império de Casa Verde comentam meme da Internet</span></i></b></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigxFOqHn1lstd7QZLYLqsDD5AyzBAVPUEfMA-CmLaoYTf5AFByFyzoeOe_dyPy1dDggb6cQyT4frBj8RWJhIRxcvWt82vPbleu1rnv5bgQPJdGPGwrSM-VeZ98m385x7XolxWaw8u7OyM/s1600/Captura+de+Tela+2018-02-17+a%25CC%2580s+19.34.07.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="271" data-original-width="476" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigxFOqHn1lstd7QZLYLqsDD5AyzBAVPUEfMA-CmLaoYTf5AFByFyzoeOe_dyPy1dDggb6cQyT4frBj8RWJhIRxcvWt82vPbleu1rnv5bgQPJdGPGwrSM-VeZ98m385x7XolxWaw8u7OyM/s1600/Captura+de+Tela+2018-02-17+a%25CC%2580s+19.34.07.png" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Magrão, cuiqueiro do Império de Casa Verde (Foto: Romulo Tesi / Portal da Band)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Nos últimos dias, circulou pelas redes sociais uma brincadeira em que um usuário do Twitter decretava: "Dinheiro não traz felicidade. O que traz felicidade é tocar cuíca. Nunca vi ninguém tocando cuíca irritado". A brincadeira virou meme e viralizou na web. Mas será que ela reflete a verdade sobre o humor dos cuiqueiros? Nós decidimos perguntar aos próprios.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"É isso mesmo! O cuiqueiro está sempre feliz, e não só quando aparece uma câmera. A cuíca é um instrumento diferenciado, ela é mágica, por isso quem toca tem todo esse carisma", garante Roberto, o Magrão do Império de Casa Verde, um dos personagens do meme.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Queria até agradecer ao menino que fez. Parece que saiu até no stories da Cléo Pires", comemora.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtEwXwHViaa3datKhZVlhPG2_C0DeX5dwCOqn2AfAvmRJS1Ab4Ah-jZ3RVTRtK4fURGcqIuRR_0-ulof406AWUkXebxlHkroIX_7aFXT7xPNsAcJNrQuiLYQ-cw_P_GEdHL91QbXXhbzg/s1600/Captura+de+Tela+2018-02-17+a%25CC%2580s+19.40.12.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="471" data-original-width="503" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtEwXwHViaa3datKhZVlhPG2_C0DeX5dwCOqn2AfAvmRJS1Ab4Ah-jZ3RVTRtK4fURGcqIuRR_0-ulof406AWUkXebxlHkroIX_7aFXT7xPNsAcJNrQuiLYQ-cw_P_GEdHL91QbXXhbzg/s1600/Captura+de+Tela+2018-02-17+a%25CC%2580s+19.40.12.png" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Companheiro de bateria de Magrão, Caio concorda, mas tem outra explicação. "É por causa da energia que sai do instrumento e entra na alma da gente", diz.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Já Alexandre explica que o cuiqueiro pode até estar triste, mas tudo muda quando pega no instrumento.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"A partir do momento que eu pego na cuíca, esqueço todos os problemas e só penso em alegria. O curioso é que ela é chorona, mas faz sorrir", filosofa.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOyd_4g-ArsLjIzjSZDSG3sLxUFailiRrad-VxSjBiYnA2bYE9AM_E6J8G8o6VvWbnRXoT7F76_ijo8fV0da-tuu5X-Q_rvS7vQGZNzXuabWIX_0NGepPzlSLE-_N0e0Vb6EZp8TyeXYc/s1600/Captura+de+Tela+2018-02-17+a%25CC%2580s+19.44.46.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="278" data-original-width="488" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOyd_4g-ArsLjIzjSZDSG3sLxUFailiRrad-VxSjBiYnA2bYE9AM_E6J8G8o6VvWbnRXoT7F76_ijo8fV0da-tuu5X-Q_rvS7vQGZNzXuabWIX_0NGepPzlSLE-_N0e0Vb6EZp8TyeXYc/s1600/Captura+de+Tela+2018-02-17+a%25CC%2580s+19.44.46.png" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os ritmistas Alexandre e Caio (Foto: Romulo Tesi / Portal da Band)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #eeeeee;">.</span></div>
Paulinho Bicolorhttp://www.blogger.com/profile/12058979674054656073noreply@blogger.com1