Hoje é 1º de abril,
dia da mentira, e para comemorar essa data, nada melhor do que falar sobre a famosa
“água de cuica”.
Me contaram essa história mais ou menos assim:
Reza a lenda que antigamente, quando um cuiqueiro tinha a oportunidade de viajar para outro país, sabendo que provavelmente algum gringo desejaria comprar a sua cuica, ele levava na bagagem uma ou mais cuicas extras, justamente para serem vendidas. A questão é que durante a negociação da venda o cuiqueiro utilizava uma estratégia um tanto quanto duvidosa, mas que no fim das contas funcionava direitinho.
Primeiro, o gringo se impressionava com o cuiqueiro tocando aquele instrumento diferente e após a apresentação, como previsto anteriormente, ele se mostrava interessado em comprar a cuica e perguntava por quanto o cuiqueiro lhe venderia. O cuiqueiro dizia um valor baixo, apenas uns 50 dólares, ou algo assim. O gringo ficava entusiasmado em conseguir a cuica por um preço tão barato e comprava na hora! Em seguida, perguntava: mas como faz pra tocar? E aí o cuiqueiro jogava a carta escondida na manga, dizendo o seguinte: bom, pra tocar cuica você precisa do pano e da água. Essa água serve para molhar o pano e sem ela é impossível tocar! O gringo ficava ainda mais fascinado com o exótico instrumento que acabara de comprar e perguntava se o cuiqueiro não poderia lhe vender o pano e a água também. Este, por sua vez, com toda sua malandragem e sapiência, dizia que sim e completava: olha meu amigo, essa água é a “água de cuica”... uma água especial! Se quiser, te vendo o pano e a água por mais 500 dólares. Mas é como te falei, essa é verdadeira “água de cuica”, e das boas... Daí, surpreso com essa novidade, mas sem encontrar outra saída por já ter adquirido a cuica, o gringo se via obrigado a cair na história do cuiqueiro e pagar também pela água e o pano.
Meus amigos, se um dia alguém de vocês já comprou “água de cuica”, não faça mais isto! “Água de cuica” não existe e nunca existiu! Faço esse alerta porque sei que ainda tem gente se utilizando dessa prática por aí... e não só no exterior, mas também aqui no Brasil. O pior, é que tem gente que acredita...