Intro
Bem vindo ao blog Cuiqueiros, um espaço exclusivamente dedicado à cuica – instrumento musical pertencente à família dos tambores de fricção – e aos seus instrumentistas, os cuiqueiros. Sua criação e manutenção são fruto da curiosidade pessoal do músico e pesquisador Paulinho Bicolor a respeito do universo “cuiquístico” em seus mais variados aspectos. A proposta é debater sobre temas de contexto histórico, técnico e musical, e também sobre as peculiaridades deste instrumento tão característico da música brasileira e do samba, em especial. Basicamente através de textos, vídeos e músicas, pretende-se contribuir para que a cuica seja cada vez mais conhecida e admirada em todo o mundo, revelando sua graça, magia, beleza e mistério.
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quinta-feira, 1 de março de 2018
Vídeo 20 - Ovídio Brito em um lindo solo de cuíca
sábado, 17 de fevereiro de 2018
Ritmistas explicam o segredo do sorriso do cuiqueiro
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Magrão, cuiqueiro do Império de Casa Verde (Foto: Romulo Tesi / Portal da Band) |
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Os ritmistas Alexandre e Caio (Foto: Romulo Tesi / Portal da Band) |
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Disco 4 - Sambas-de-enredo do Grupo 2A (1980)
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Sambas-de-enredo do Grupo 2A (1980) - CAPA |
domingo, 31 de dezembro de 2017
Fabricação do gambito
O gambito de bambu maciço é feito com um pedaço do caule de um bambu adulto, o que muitas vezes implica na poda do bambu, como vemos o Indio da Cuíca fazendo no vídeo abaixo. Ele segue uma antiga crença de que o bambu deve ser podado durante a lua minguante. Essa condição cosmológica, além de demostrar que a fabricação do gambito pode envolver questões mais misteriosas do que se imagina, revela também a riqueza de saberes e práticas historicamente presentes no aspecto cultural da cuíca. Outro exemplo parecido é o costume que antigos cuiqueiros tinham de mergulhar o couro em uma água preparada com ervas antes de empachar a pele, provavelmente por influência de questões religiosas.
Já nesse terceiro vídeo vemos o amigo Dedé Santana, coordenador do projeto Vai Cuíca, falando um pouco sobre a diferença entre a fabricação do gambito de bambu maciço e do gambito de broto de bambu. A propósito, o grande Zé Roberto da Cuíca já havia registrado em um comentário que o gambito de broto é ideal para tocar em blocos e escolas de samba, pois o som que ele emite tem maior volume e um timbre mais metálico do que o gambito maciço, que tende a emitir sons mais limpos e aveludados.
Diferente do bambu maciço, a coleta do broto de bambu não exige a poda do bambu adulto, pois o que se colhe são os ramos que crescem nos caules lateralmente. O vídeo abaixo apresenta o experiente Marcos Portela em um bambuzal e nos permite ter uma ideia de como a coleta do broto é realizada.
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Cuiqueiros 7 - Marcelino de Oliveira
Marcelino de Oliveira, mais conhecido como Oliveira da Cuíca, nasceu provavelmente no início do século XX, nos paradouros do Estácio de Sá, bairro próximo ao centro do Rio de Janeiro. Segundo depoimentos de sambistas que o conheceram pessoalmente, como o mestre-sala Acelino dos Santos, conhecido como "Bicho Novo", Oliveira era filho de dona Marcelina, respeitada senhora que mantinha um prostíbulo muito conhecido naquela região.
Em 1931, Francisco Alves grava o samba "Meu Batalhão", de Ismael Silva e Nilton Bastos, sendo este o registro dos sons de uma cuíca mais antigo de que temos conhecimento. Nessa época, a cuíca ainda não executava as notas agudas e tinha como função marcar o tempo do samba, como o surdo faz atualmente. É bem possível que o cuiqueiro nessa gravação tenha sido o Oliveira.
Já em 1936, Aracy de Almeida grava "Mandei Carimbar", de Kid Pepe e Germano Augusto, que adaptaram no refrão um tema tradicional das antigas rodas de pernada do Rio de Janeiro. Segundo o amigo Barão do Pandeiro, que nos indicou essa bela gravação, a cuíca que nela escutamos foi gravada pelo Oliveira. É interessante notar que, diferente da gravação de "Meu Batalhão", onde o instrumento emite apenas notas graves marcando o andamento do compasso, em "Mandei Carimbar" a cuíca é aplicada com maior variedade rítmica, sendo nítida a execução de notas graves e agudas, embora a afinação ainda fosse "grave" em comparação à sonoridade que nos habituamos escutar hoje em dia.
O fato de Oliveira ter trabalhado ao lado de compositores tão importantes leva a suspeitar que ele possa ter sido também compositor, e tudo indica que "Samba Raiado", gravado em 1931 por Ismael Silva, seja uma música dele. Fontes atribuem a autoria desse samba a Marcelino de Oliveira, o que nos leva acreditar, portanto, que seja uma composição do nosso cuiqueiro. "Samba Raiado" é um belo exemplo da transformação que o gênero samba sofreu durante sua migração do maxixe para o samba que conhecemos. O tema é ainda hoje muito usado em rodas de partido-alto, sendo Aniceto do Império o seu principal divulgador e, mais recentemente, chegando às novas gerações através do grupo Revelação.
Oliveira da Cuíca faleceu precocemente, em maio de 1938, conforme publicado em nota pelo jornal "A Noite". Segundo Mestre Marçal, em depoimento ao jornalista Sérgio Cabral, "o enterro dele saiu ali do baixo meretrício, passou por dentro, correu aquilo tudo", afirmando ainda que Oliveira foi o primeiro cuiqueiro que ele conheceu. Esta simples afirmação de uma das nossas maiores referências, como o é Mestre Marçal, nos dá a dimensão da enorme importância de Oliveira, não só para a história da cuíca, mas para toda a história do samba.
- Pioneiros do samba: Bicho Novo, Carlos Cachaça e Ismael Silva - livro de Arthur de Oliveira Filho publicado em 2002 pelo Museu da Imagem e do Som.
- Vida e morte do Deixa Falar, o bloco que deixou escola - reportagem de Francisco Duarte publicada em 13 de fevereiro de 1979 no Jornal do Brasil.
- Samba de sambar do Estácio: 1928 a 1931 - livro de Humberto M. Franceschi publicado em 2010 pelo Instituto Moreira Salles.
- Do batuque à escola de samba: subsídios para a história do samba - livro de J. Muniz Júnior publicado em 1976 pela editora Símbolo.
- Wilson Baptista: o samba foi sua glória - livro de Rodrigo Alzuguir publicado em 2013 pela editora Casa da Palavra.
- A morte do "rei da cuíca" - nota publicada em 23 de maio de 1938 no jornal A Noite.
- As escolas de samba do Rio de Janeiro - livro de Sérgio Cabral publicado em 1996 pela editora Lumiar.
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Música 19 - Guia cruzada [Douglas Germano]
A música "Guia Cruzada" é uma Ode à personagens que são reservas éticas e justas em diversas situações e grupos. A metáfora traça o ponto de vista de um cuiqueiro de bateria de escola de samba avesso ao esfacelamento da tradição, da noção de trajetória e às transformações impostas por ações que não sejam fruto de desenvolvimento a partir destas experiências. A inspiração é um excepcional cuiqueiro com muitas décadas na fila de cuicas da bateria do G.R.E.S. Nenê de Vila Matilde: Seu Mussum.
Para ouvir "Guia Cruzada", clique no player abaixo:
já viu muita cabrocha envelhecer.
O seu ronco encobria os "tarol" e as "ripa",
no samba botava pra ferver.
No talabarte a cuica cobria o coração,
Num alguidá é que ele molhava o gorgurão.
Era linha de frente na ala de cuica,
Já viu muitos "apitador" cair.
Sua bronca era gente de classe mais rica
que vinha em fevereiro querendo sair.
Sua cuica rugia, dizia:
— Não! "Tão" loteando as "faixa" do nosso pavilhão.
"Nêgo" tirava:
— Sempre arrumando confusão!
Outro calava e tirava a mesma conclusão.
Mas era Xogum Guia Cruzada
Pr'um lado Xangô, pro outro Ogum.
Você, desavisado, curtindo o seu reinado,
no "vende/compra" qualquer um...
No teu mapa da mina, o X em cada esquina
indica que tem lá mais um.
Igual a Xogum Guia Cruzada:
Oxé de Xangô na mão de Ogum
Era linha de frente na ala de cuica,
Anhembí, Tiradentes, São João...
Adorava contar como era bonita
a avenida antes da televisão.
Sua cuica era ferro com ronco de trovão
Por minha parte, Xogum tava sempre com a razão.
P.s.: Encontrei esse vídeo no Instagram de @juravalenca7, onde vemos o Seu Mussum e sua cuica hermeticamente encaixada, ou melhor, como diz Douglas Germano em poesia, "cobrindo o coração".
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domingo, 10 de setembro de 2017
Disco 3 - Samba, Suor e Ouriço [vol.1]
Lançado pela “Soma” - subgravadora da “Som Livre” - em 1976, este LP é o primeiro de uma série comercializada até a década de 90, inclusive em K7. “Samba, Suor e Ouriço” traz faixas com sambas populares e era muito vendido no final de ano, da véspera do Natal até o carnaval.
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CAPA - Samba, Suor e Ouriço |
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
Minha cuí@ [Luis Turiba]
segunda-feira, 31 de julho de 2017
Música 18 - Cuica [Rosinha de Valença]
quarta-feira, 7 de junho de 2017
A cuica do Laurindo [nova temporada]
A trama da peça gira em torno do cuiqueiro Laurindo, um personagem fictício criado por Noel Rosa, mas certamente inspirado nas figuras do samba com quem o compositor conviveu. Trata-se de uma comédia musical primorosamente idealizada por Rodrigo Alzuguir e dirigida por Sidnei Cruz. São cerca de quarenta canções contado as peripécias que envolvem os diversos personagens, brilhantemente interpretados por Alexandre Rosa Moreno (Laurindo), Claudia Ventura (Conceição do Zé), Hugo Germano (Tião / Cabaretier / Jota Efegê / Laurindo Filho), Marcos Sacramento (Dodô / Mais Velho / Maestro Strondowski), Nina Wirtti (Guiomar Wendhausen / Cabaretiere) e Vilma Melo (Zizica Tupynambá), além do próprio Rodrigo Alzuguir (Zé da Conceição / Hercule Perrier).
Esse segundo registro traz um trecho da música "Como se faz uma cuica", da autoria de Haroldo Lobo e Wilson Baptista, que descreve poeticamente em seus versos as características de uma cuica na década de 1940 (um pedaço de pau / um pedaço de couro / numa barrica / é assim que se faz uma cuica...).
sexta-feira, 28 de abril de 2017
Música 17 - Conversa fiada [Banda Mel]
A música Conversa fiada, da autoria de Marinho, integra o repertório do disco Negra, lançado em 1991 pela Continental, o quinto álbum de uma das bandas precursoras do samba-reggae, a Banda Mel. A intérprete é a cantora Márcia Short e o músico responsável pela gravação dessa cuica esperta, infelizmente, não tem o seu nome registrado no encarte do disco. A ficha técnica registra apenas os integrantes da Banda Mel e músicos convidados, executantes de instrumentos de sopro. Mas ficam aqui os registros da poesia dessa canção e dos sons da cuica suingando bonito no balanço do axé.
quinta-feira, 30 de março de 2017
Da cupópia da cuíca: a diáspora dos tambores centro-africanos de fricção e a formação das musicalidades do Atlântico Negro (Sécs. XIX e XX)
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
Amado Jorge, a história de uma raça brasileira [Osvaldinho da Cuíca, Namur e Macalé do Cavaco]
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Vídeo-aulas de cuíca [playlist no YouTube]
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
Disco 2 - A incrível bateria do Mestre Marçal
E há também, na contracapa do álbum, textos explicativos sobre cada instrumento da bateria em português e em inglês. Consta a informação de que esses textos foram escritos por Regina Werneck, baseados em uma entrevista com Mestre Marçal. Sobre a cuica é dito o seguinte:
CUICA – Instrumento feito de uma barrica de madeira (antigamente; hoje, uma raridade) ou metal, com pele de couro em um dos lados e uma vareta de bambu por dentro, que sai do centro da pele e que é esfregada com uma pano úmido ou mesmo com a mão molhada, para produzir um som bastante exótico, que varia de timbre e complementa o colorido da bateria. Ela não tem uma função de marcação, mas se apresenta como solista, é um instrumento de grande criatividade. A cuica atrai a curiosidade de músicos e turistas estrangeiros por sua originalidade de som, único e divertido.
Acho bem possível que a parte inicial desse texto tenha de fato sido transmitida à referida autora pelo Mestre Marçal. Existem vários registros em que ele revela ter sido presenteado pelo pai com uma cuica de barrica aos sete anos de idade. Foi com essa mesma cuica, inclusive, que Marçal fez inúmeros trabalhos durante toda a vida, dentre eles a participação no primeiro disco do Cartola, em 1974.
Por outro lado, informações neste texto como, por exemplo, a afirmação de que a cuica pode ser tocada diretamente "com a mão molhada", parecem consistir em dados que a autora lamentavelmente repetiu de algum dos muitos textos que há por aí com informações equivocadas, como esta, frequentemente registrada no verbete "cuica" dos dicionários, mesmo aqueles publicados por editoras e autores de grande reputação. Registros históricos demonstram que o pano úmido sempre foi um elemento imprescindível para a execução da cuica, haja vista a composição Molha o Pano, de 1936, ano em que Mestre Marçal completava seis anos de idade. Ou seja, o pano (que ainda hoje utilizamos para tocar nosso instrumento) se mostra presente na realidade da cuica mesmo antes de Marçal ganhar a sua primeira chorona, e por isso duvido que seja dele a afirmação sobre a cuica ser tocada diretamente "com a mão molhada".
Independente de qualquer falha, o texto de Regina Werneck é certamente um esforço importante no sentido de tonar a cuica mais conhecida e traz ainda outras questões dignas de reflexão, por exemplo, ao dizer que a cuica "não tem uma função de marcação, mas se apresenta como solista". Como se sabe, o termo "marcação" é comumente utilizados por boa parte de nós para designar o toque de cuica que fazemos no acompanhamento do samba-enredo. Mas se pensarmos no papel de marcação exercido pelo surdo, atribuir esta função à cuica se torna algo questionável. Afinal, a cuica exerce um papel de marcação e sustentação do andamento rítmico ou seria um instrumento solista, ou de efeito, com a delicada função de complementar o "colorido da bateria"? Espero que vocês, estimados colegas e seguidores desse blog, se sintam estimulados e à vontade para escrever comentários em resposta a esta pergunta.
Por fim, A incrível bateria do Mestre Marçal pode ser apreciado na íntegra clicando AQUI. Além da faixa inicial reproduzida no player acima, Mestre Marçal demonstra no restante do disco outra de suas grandes habilidades, a de cantor, eternizando magistralmente alguns belíssimos sambas-enredo em sua voz.
sábado, 26 de novembro de 2016
Livro: Na bateria da escola de samba
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CAPA - Na bateria da escola de samba |
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sábado, 1 de outubro de 2016
Vídeo 19 - Cuica Feat (Fabiano Salek)
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quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Disco 1 - O baile do gato

Nos anos 60, era a Secretaria de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro que ficava a frente dos preparativos para o carnaval, incluindo a decoração das ruas, a organização do desfile das agremiações carnavalescas, a criação e distribuição de material promocional e outras providências para o acontecimento da festa. Para 1967, a Secretaria resolveu escolher um gato como símbolo daquele carnaval. A justificativa dada pelo Secretário Carlos Laet pela escolha não poderia parecer mais inusitada: “É ele o maior sacrificado da folia, pois de sua pele fazem-se as cuicas e os tamborins que também marcam o ritmo contagiante das escolas de samba e dos denominados blocos que desfilam nas ruas cariocas no tríduo da folia”. Para dar vida a este infausto felino foi convidado o já famoso cartunista Ziraldo, que mesmo achando a justificativa oficial “um tanto trágica”, cria uma figura alegre, elegante e carnavalizada, registrando sutilmente no jogo de cores a nefasta sina do animal que toca um instrumento feito do seu próprio couro.
Achei muito bacana essa observação sobre as cores em tons avermelhados escolhidas pelo Ziraldo para representar "o maior sacrificado da folia", como disse o então Secretário de Turismo. Essa história de que a pele de gato costumava ser utilizada na cuica já foi abordada aqui na postagem Couro de gato, vale conferir! Mas a real motivação desse novo post é inaugurar uma série de publicações onde apresentarei discos que trazem alguma representação da cuica na capa ou algum registro fonográfico significativo do instrumento.
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CAPA - O baile do gato |
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CONTRACAPA - O baile do gato |
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Música 16 - Lá vem cuica
Uma das coisas que conversamos sobre a participação dele nesse trabalho foi um fato curioso que chamou minha atenção ao ler a ficha técnica do disco. A propósito, esse disco, Correio da estação do Brás, do Tom Zé, é absolutamente sensacional!!! Na ficha técnica consta a referência de que a cuíca foi gravada por Oswaldo José Sbarro, sendo que o nome de batismo do Osvaldinho é apenas Osvaldo Barro. Ele me explicou que esse outro Oswaldo é um violinista, já bem mais velho do que ele naquela época, dizendo também que essa semelhança dos nomes causava de fato muita confusão:
– Como ele era velhinho, ele se equivocava e assinava o recibo de cachê que era pra mim. Mas as vezes acontecia o contrário também. Eu tinha que ir lá em Pinheiros, na casa dele, acertar o cachê que pagavam errado pra gente.
Perguntei se ele se lembrava da ocasião em que fez essa gravação e de como conseguiu realizar esse maravilhoso registro:
– Eu não lembro... foi a época que eu mais gravei na minha carreira. Era dia e noite, quatro seções de gravação por dia. Mas era tudo de ouvido. Cuicas afinadas de acordo com a tonalidade, fazendo naipe. Uma cuica de oito vai ter um som penetrante, firme, mais vibrante. E as de nove e meio e dez polegadas têm mais variedade de notas.
Osvaldinho também comentou sobre o seu estilo, expondo sua concepção em relação às diferentes possibilidades de aplicação da cuica em um arranjo musical:
– Virou uma pandemia o uso da cuica com apenas duas notas! É tocar pra frente e pra traz, grave e agudo, e ponto final. Tem que explorar o som do instrumento! Já fui criticado por tocar a cuica parecendo um trombone, mas é que em toda gravação eu procuro adequar na música, eu toco para vestir a música, aplicando com economia.
E o mestre falou também sobre a época em que foi membro do grupo Demônios da Garôa, destacando a participação do grupo na 1ª Bienal do Samba, em 1968, quando defenderam a interessantíssima composição "Mulher, patrão e cachaça", de Adoniran Barbosa.
domingo, 20 de março de 2016
A cuíca do Laurindo
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Oficina de cuíca com Ernani Cal [Monobloco]
- Técnica do instrumento
- Linguagem rítmica
- Desenvolvimento da musicalidade
- Aplicação em repertório